Incomodada Janja rebate críticas por uso de avião da FAB em consulta ginecológica

Primeira dama Janja da Silva - Reprodução das redes sociais
Primeira dama Janja da Silva - Reprodução das redes sociais

Na última sexta-feira (13/06/2025), a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, embarcou em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para realizar uma consulta ginecológica em São Paulo, dividindo a aeronave com o ministro Alexandre de Moraes (STF) e convidados do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A decolagem ocorreu às 9h15 em Brasília, com pouso previsto para as 10h50 no Aeroporto de Congonhas, totalizando 12 passageiros a bordo .

O uso de vagas remanescentes em aeronaves oficiais está regulamentado pelo decreto nº 10.267, de 28 de dezembro de 2020, que disciplina o transporte aéreo de autoridades pelo Comando da Aeronáutica. Segundo a norma, cabe à autoridade que requisita o voo preencher assentos vagos, quando disponíveis, sem gerar custos adicionais ao erário .

A “carona” concedida por Lewandowski suscitou questionamentos na oposição. O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar possível desvio de finalidade administrativa, argumentando que viagens de cunho pessoal não estariam cobertas pelo decreto . Parlamentares do PL, como o líder Sóstenes Cavalcante (RJ), lembraram o recente aumento de tributos e afirmaram: “Já pagou seus impostos hoje?”, enquanto Nikolas Ferreira (MG) criticou a “falta de moralidade” de ministros que viajam ao lado da esposa do “principal adversário político” do ex-presidente Bolsonaro .

Em resposta às acusações, Janja recorreu às redes sociais para rebater eventuais críticas de tom pessoal, afirmando:

“Se fosse a outra, ninguém falava nada.”

A controvérsia ganha corpo num momento em que a primeira-dama enfrenta atenção redobrada sobre seus deslocamentos. Um levantamento divulgado pelo portal Poder360 apontou que, desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, Janja passou 130 dias fora do país — 24 a mais que o mandatário — em 35 viagens a 35 países diferentes .

Segundo a assessoria da primeira-dama, confirmada ao Metrópoles, “não houve custos adicionais para a União”, uma vez que o voo já fora solicitado pelo ministro Lewandowski. O Planalto não se manifestou além da nota oficial da equipe de Janja, que reforçou o cumprimento da legislação em vigor .


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Hamilton Silva
Economista e jornalista, editor-chefe do Portal DFMobilidade.

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