O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou à noite desta terça-feira (1º) que, por orientação médica, permanecerá em repouso absoluto durante todo o mês de julho, suspendendo compromissos previstos em Santa Catarina e Rondônia .
O pedido de afastamento decorre de complicações no pós-operatório de uma cirurgia abdominal a que foi submetido em abril. Em 13 de abril, Bolsonaro realizou procedimento de laparotomia exploradora para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal no Hospital DF Star, em Brasília, após apresentar quadro de suboclusão intestinal, sequela da facada sofrida em 2018 .
Em mensagem enviada a parlamentares aliados e compartilhada pelo senador Flávio Bolsonaro em seu perfil no X, o ex-chefe do Executivo relatou que “crise de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impedem até de falar” e justificou a suspensão das agendas em Santa Catarina e Rondônia “por exigência médica” .
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou nota médica assinada pelos doutores Cláudio Birolini (cirurgião-geral) e Leandro Echenique (cardiologista), na qual se lê:
“Comunicamos que o Sr. Jair Messias Bolsonaro permanecerá em repouso domiciliar durante o mês de julho, com o objetivo de garantir a completa recuperação de sua saúde após cirurgia extensa e internação prolongada, episódio de pneumonia e crises recorrentes de soluços, que dificultam a sua fala e alimentação.”
Nas últimas semanas, Bolsonaro já havia adiado compromissos em Goiânia e Bauru devido a indisposição e crises de soluços, que chegaram a interromper entrevista em rádio em 25 de junho. Desde 2018, ele passou por seis cirurgias para tratar sequelas da facada sofrida durante a campanha presidencial daquele ano .
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*Hamilton Silva é jornalista e economista, formado pela Universidade Católica de Brasília, editor-chefe do Portal DFMobilidade e diretor da Associação Brasileira dos Portais de Notícias.*
