Em pronunciamento concedido nesta segunda-feira, 16 de junho de 2025, ao canal ABC News, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que não vê “qualquer possibilidade de diálogo de paz” com o Irã e reiterou que as tentativas diplomáticas fracassaram. Questionado sobre a hipótese de eliminar o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, ele não descartou essa opção, afirmando que “não descarto matar o líder supremo deles” como forma de “encerrar o conflito” enfrentado por Israel na região.
O discurso faz parte de um contexto de tensões que se agravaram desde os ataques conduzidos por Israel contra instalações nucleares iranianas no início de junho de 2025. De acordo com relato da Agência Tasnim, veículo oficial do governo do Irã, as autoridades de Teerã chegaram a suspender voos no Aeroporto Internacional Imam Khomeini e mobilizar reservistas em resposta às ações israelenses, que fecharam espaço aéreo e convocaram dezenas de milhares de reservistas das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Apesar de agradecer o apoio militar dos Estados Unidos, Netanyahu destacou divergências estratégicas: fontes indicam que o então presidente americano, Donald Trump, teria vetado um plano israelense para assassinar Khamenei, decisão que frustraria a operação, mas que não mudou a disposição do premiê israelense de manter essa alternativa em estudo. Ele comparou o líder iraniano a “uma versão moderna de Hitler” e afirmou que “ocasionaria muito mais estabilidade” na região caso a operação fosse executada.
Do lado iraniano, o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, reagiu criticando a dependência israelense do apoio americano, sustentando que “um simples telefonema de Washington bastaria para pôr fim às hostilidades”. Araqchi reforçou que o Irã está preparado para uma resposta contínua caso os ataques prossigam, apontando que a postura de Israel aprofunda o ciclo de retaliações e aumenta o risco de escalada para um conflito de maiores proporções.
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