Greve de professores no DF põe em xeque cumprimento do ano letivo, apesar de diálogo permanente do GDF

Sala de aula -  Foto: Agência Brasília
Sala de aula - Foto: Agência Brasília

Brasília – Professores e orientadores das escolas públicas do Distrito Federal aprovaram, em assembleia realizada nesta terça-feira (27/5), a deflagração de greve por tempo indeterminado, com início previsto para segunda-feira (2/6). O encontro ocorreu no estacionamento da antiga Funarte, no Eixo Cultural, e reuniu educadores de todas as regiões administrativas do DF .

A principal pauta de reivindicações do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) inclui reajuste salarial de 19,8% e ampla reestruturação do plano de carreira, que contempla, entre outras medidas, a redução do tempo necessário para progressão por titulação . Segundo o sindicato, a categoria tenta negociar com o Executivo local desde o início do ano, mas afirma que, em 21 de maio, o GDF comunicou oficialmente que não apresentaria qualquer nova proposta.

Em resposta, a Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF) divulgou nota oficial afirmando que mantém uma mesa permanente de diálogo com o Sinpro-DF para tratar das pautas da categoria. A pasta garantiu ainda que as aulas paralisadas serão repostas conforme o calendário escolar, assegurando o cumprimento dos 200 dias letivos obrigatórios .

As reuniões de negociação ocorreram em 6 e 20 de maio, com a participação de representantes das secretarias de Educação e Economia, mas sem avanços substanciais nas demandas salariais e de carreira, de acordo com a entidade sindical . A rede pública de ensino do DF atende mais de 450 mil alunos distribuídos em 825 unidades, segundo dados da SEEDF .

A paralisação por tempo indeterminado representa um risco ao calendário acadêmico e aumenta a insegurança de pais e alunos quanto às reposições de conteúdo e à organização das provas finais. Especialistas em educação alertam que greves prolongadas sem um plano imediato de reposição podem comprometer o aprendizado e gerar acúmulo de disciplinas para o próximo semestre.

A deflagração do movimento expõe a fragilidade do modelo atual de negociação e reforça a necessidade de soluções céleres que conciliem a valorização do magistério com a garantia de direitos dos estudantes.


 

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