Brasília, 15 de maio de 2025 – Em nova rodada do conflito político gerado pelas investigações de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) reagiu, em publicação no X, às declarações do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel. Na mensagem, Moro afirmou que foi alvo de “acusação falsa de omissão” por parte de Queiroz, mas alertou: foi justamente o atual titular da pasta, enquanto exerceu o cargo de secretário-executivo, quem recebeu, em junho de 2023, informações sobre descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas — e nada fez para coibir o esquema .
Cronologia da fraude
A fraude bilionária envolvendo descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS foi revelada em abril de 2025, durante a Operação Sem Desconto, deflagrada em conjunto pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Estima-se que o esquema tenha desviado algo em torno de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2025, lesionando mais de quatro milhões de beneficiários .
Denúncia inicial e silêncio da pasta
Segundo ata de reunião do Conselho Nacional do INSS, a conselheira Tonia Galleti apresentou, em junho de 2023, evidências de cobranças irregulares de entidades de atendimento a aposentados. Na época, Wolney Queiroz ocupava o posto de secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, mas, conforme relatado pelo próprio parlamentar, não houve qualquer providência efetiva para frear os descontos .
Defesa do ministro
Em audiência na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado, nesta quinta-feira (15), o ministro Wolney Queiroz admitiu ter sido informado sobre o caso, mas sustentou que “recebia informações de que medidas estavam sendo adotadas, critérios mais rigorosos aplicados e reclamações em queda” . Ainda na sessão, Wolney atribuiu ao governo atual o crédito por ter acionado PF e CGU para investigar o esquema.
Próximos desdobramentos
A oposição promete intensificar o cerco político ao ministro, explorando termos como “inércia” e “omissão” para questionar sua conduta à frente da pasta . Na próxima semana, Wolney Queiroz tem nova convocação na mesma comissão do Senado para prestar esclarecimentos sobre o cronograma de ressarcimento aos aposentados lesados.
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