A relação entre o PDT e o governo federal entrou em estado de alerta máximo. Em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (29), o líder do partido na Câmara, deputado Mário Heringer, afirmou categoricamente que a legenda deixará a base governista caso o ministro da Previdência, Carlos Lupi, seja demitido.
“Se o ministro Carlos Lupi for demitido, o PDT sairá do governo”, disse Heringer sinalizando uma possível crise na já delicada coalizão que sustenta o Planalto. A afirmação foi feita em meio a rumores de que Lupi, presidente licenciado do PDT, estaria na mira de setores do governo e enfrentando pressões internas para deixar o cargo.
O recado do líder pedetista ecoa também nos bastidores da política: o PDT, mesmo com poucas cadeiras no Congresso, tem peso simbólico na esquerda moderada e poderia arrastar consigo uma ala crítica ao governo Lula, já fragilizado por sucessivas turbulências políticas e econômicas.
Carlos Lupi, que assumiu o Ministério da Previdência no início da atual gestão, vem sendo alvo de críticas principalmente por problemas na fila do INSS e pela pressão orçamentária na área previdenciária. Entretanto, para o PDT, sua permanência é uma questão de honra partidária e de respeito ao acordo político firmado no início do governo.
A possível saída do PDT agravaria ainda mais o desafio de Lula para manter uma base sólida no Congresso, num cenário em que a fidelidade dos aliados é cada vez mais volátil.
O governo ainda não se pronunciou oficialmente sobre a permanência de Carlos Lupi, mas, nos bastidores, lideranças tentam acalmar os ânimos e evitar um racha que pode custar caro nas votações decisivas do segundo semestre.
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