Ibaneis desafia Lula e impõe condição para dividir espaço com o presidente: “Não piso onde ele estiver”
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), mais uma vez demonstrou sua insatisfação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma mensagem enviada ao presidente do Conselho Federal da OAB (CFOAB), Beto Simonetti, Ibaneis recusou-se a participar de um evento da entidade enquanto Lula estiver presente. A justificativa? Uma “promessa pessoal” de evitar qualquer território onde o petista esteja, até que este se retrate por tê-lo acusado, de maneira “leviana”, de conivência com os atos do 8 de janeiro.
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A declaração de Ibaneis, recheada de recados indiretos e uma pitada de desafio, reforça o mal-estar entre o governador e o governo federal. A acusação de cumplicidade nos ataques às sedes dos Três Poderes, feita por Lula e aliados, ainda paira sobre a trajetória política do chefe do Executivo do DF.
O recado de Ibaneis
No texto enviado a Simonetti, Ibaneis fez questão de desejar felicidades ao presidente reeleito da OAB, mas logo tratou de estabelecer seu limite:
“Infelizmente, não poderei participar do evento. Fiz um compromisso comigo que não piso em território que o presidente Lula esteja presente, pelo menos até que ele se retrate por ter me acusado, de forma leviana, de ter sido cúmplice do Bolsonaro no 8/1.”
A mensagem, além de um protesto público contra o presidente, reforça a tentativa de Ibaneis de reconstruir sua imagem após a tempestade política do ano passado, quando chegou a ser afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Embate direto com o Planalto
Ibaneis tem mantido uma postura firme contra o que considera uma injustiça em relação aos acontecimentos de janeiro de 2023. Desde então, evita aparições ao lado de Lula e parece disposto a sustentar sua narrativa de vítima de perseguição política.
A recusa em compartilhar o mesmo espaço que o presidente da República pode ser vista como um movimento de resistência ou como um gesto calculado para reforçar seu nome entre eleitores mais alinhados à direita, especialmente em um momento em que as articulações para as eleições de 2026 começam a ganhar corpo.
Será que Lula responderá ao desafio de Ibaneis?