O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o desbloqueio de 30% dos vencimentos do policial civil Marco Antônio de Barros Pinto, suspeito de atrapalhar as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), segundo O Globo.
“O pedido formulado de desbloqueio da conta deve ser parcialmente deferido, para permitir que o investigado possa ter disponibilidade de valores decorrentes de seus vencimentos necessários para sua efetiva subsistência“, diz trecho da decisão.
No ano passado, Moraes determinou o bloqueio das contas de Pinto. No mesmo ano, autorizou o pagamento de um valor equivalente a um salário mínimo.
No mês de dezembro, o policial recebeu R$ 21,1 mil de vencimentos.
Segundo a Polícia Federal (PF), Pinto teria trabalhado para obstruir as investigações, assim como o delegado Giniton Lages.
Os dois negam as acusações.
O ‘caso Marielle’
Marielle foi executada a tiros em março de 2018, junto de seu motorista, Anderson Gomes, no bairro do Estácio, região central do Rio, quando voltava de um encontro político na Lapa.
A assessora da parlamentar, que estava ao lado de Marielle, foi ferida apenas por estilhaços.
O crime de repercussão internacional deu início às investigações que, um ano depois, apontou para a prisão dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Elcio Queiroz. Os dois foram responsáveis pela execução de Marielle.
Mais recentemente, em março deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) expediu um mandado de prisão contra os irmãos e parlamentares Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do crime. além de Rivaldo Barbosa, suspeito de ajudar a planejar e atrapalhar as investigações.