Hugo Motta critica penas severas e nega existência de golpe em atos de 8 de janeiro
O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) deu declarações contundentes sobre os atos de 8 de janeiro, refutando a narrativa de que houve um golpe de Estado e criticando o rigor das penas aplicadas a alguns envolvidos. Em entrevista recente, o parlamentar destacou que “golpe tem que ter um líder, tem que ter uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”.
Para Motta, o episódio foi protagonizado por “vândalos” e “baderneiros” inconformados com o resultado das eleições de 2022, que acreditavam, de forma equivocada, que seus atos poderiam interferir no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado elogiou a resposta rápida das instituições brasileiras após os ataques. “O Brasil foi muito feliz na resposta. O Congresso estava funcionando na outra semana, o Supremo estava aberto, o Palácio do Planalto da mesma forma. A resposta foi dada”, afirmou.
Entretanto, o parlamentar criticou o que considera um “desequilíbrio” nas decisões judiciais relacionadas ao caso. Ele se referiu especificamente a penas severas aplicadas a pessoas com participação mínima nos atos. “Você não pode, por exemplo, penalizar uma senhora que passou na frente do Palácio, não fez nada, não jogou uma pedra, e recebeu 17 anos de pena em regime fechado”, destacou.
As declarações de Hugo Motta repercutem em um momento em que o debate sobre a proporcionalidade das punições aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro divide opiniões no cenário político e jurídico do país.
