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Trump ordena o cancelamento de todos os contratos de mídia da Administração de Serviços Gerais dos EUA

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Washington, D.C. – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta semana que a Administração de Serviços Gerais (GSA) cancele todos os contratos de mídia financiados pela agência federal, incluindo acordos com veículos de destaque como Politico, BBC e Bloomberg. A medida deve ser concluída até o final da semana, conforme confirmou um funcionário da Casa Branca.

A decisão faz parte de uma ofensiva do governo para cortar gastos públicos e revisar contratos que, segundo Trump, teriam servido para “favorecer interesses democratas” em troca de cobertura jornalística positiva. “Cancelar todos os contratos de mídia da GSA… Politico, BBC e Bloomberg”, declarou um assessor do presidente sob condição de anonimato.

Acusações de desvio bilionário e favorecimento midiático

O estopim da ordem presidencial foi um relatório interno que apontou supostos desvios bilionários da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) para contratos com veículos de comunicação. O Politico, por exemplo, teria recebido US$ 8 milhões em assinaturas do serviço Politico Pro, que oferece conteúdos exclusivos para assinantes.

Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, afirmou que “gastos desnecessários com mídia serão eliminados” e que o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) já iniciou o processo de cancelamento desses contratos. O governo também bloqueou recentemente um repasse de US$ 50 milhões destinado à Faixa de Gaza, alegando necessidade de revisão dos critérios de financiamento da USAID.

O papel de Elon Musk na reformulação do governo

O bilionário Elon Musk, atualmente à frente do DOGE, tem desempenhado um papel central nessas mudanças. Assessores ligados a Musk tiveram acesso a sistemas do Escritório de Gestão de Pessoal (OPM) e da própria GSA, além de mecanismos de pagamento do Departamento do Tesouro dos EUA, que movimenta mais de US$ 6 trilhões anualmente.

Musk defende uma gestão pública mais enxuta e eficiente, alinhada ao discurso de campanha de Trump, que prometeu “desinchar a máquina federal”. O secretário de Estado Marco Rubio, por sua vez, destacou que a USAID passará por uma reformulação completa para “alinhar seus investimentos aos interesses nacionais dos EUA”.

Impactos políticos e reações

A decisão provocou reações mistas em Washington. Críticos apontam para o risco de cerceamento da liberdade de imprensa e politização das decisões administrativas. Já apoiadores do governo Trump consideram a medida um passo necessário para combater o que chamam de “parcialidade da grande mídia” e reduzir desperdícios no orçamento federal.

Analistas políticos observam que a medida pode acirrar ainda mais o clima de polarização no país, especialmente em um momento em que Trump busca consolidar sua base de apoio com ações que visam desmantelar estruturas associadas a governos anteriores.

O memorando divulgado pelo governo destaca o compromisso em “eliminar o peso financeiro da inflação sobre os cidadãos, acabar com políticas ‘woke’ e frear a instrumentalização do Estado”. Até o momento, não houve pronunciamento oficial do Politico, BBC ou Bloomberg sobre o cancelamento dos contratos.

 

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