O governo federal, em sua incansável busca por soluções inovadoras, decidiu que é hora de Brasília apertar os cintos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma proposta brilhante: alterar o cálculo de reajuste anual do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Afinal, por que manter um sistema que acompanha a variação da receita corrente líquida (RCL) da União quando podemos simplesmente vinculá-lo ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)? Uma mudança que, sem dúvida, trará imensos benefícios… para os cofres federais.
Atualmente, o FCDF é a tábua de salvação para a segurança, educação e saúde de Brasília, representando uma fatia considerável do orçamento local. Para 2025, por exemplo, dos R$ 66,6 bilhões previstos, R$ 25 bilhões viriam desse fundo. Mas, claro, é perfeitamente razoável esperar que a capital do país faça mais com menos. Afinal, quem precisa de policiais, professores e médicos bem pagos?
O governador do DF, Ibaneis Rocha, não escondeu sua surpresa com tamanha generosidade federal. Em suas palavras, “os integrantes do governo federal têm raiva de Brasília”, referindo-se à insistência em reduzir o crescimento anual do FCDF. Mas talvez seja apenas uma forma carinhosa de incentivar a autossuficiência da capital.
Esta não é a primeira vez que o governo federal demonstra seu afeto por Brasília. Em 2023, houve uma tentativa de incluir o FCDF nos cortes do arcabouço fiscal, o que poderia resultar em uma perda de R$ 87 bilhões em 10 anos para o DF . Felizmente, após intensas negociações diretas do governador Ibaneis, vice Celina e da bancada na Câmara dos Deputados, o fundo foi mantido fora do arcabouço fiscal . Mas, como dizem, quem é amigo de verdade nunca desiste.
E não podemos esquecer as brilhantes ideias anteriores, como a proposta de repassar a gestão do FCDF ao GDF, livrando o governo federal do incômodo de fiscalizar os recursos destinados à segurança pública da capital . Uma demonstração clara de confiança e desprendimento.
Em resumo, enquanto o governo federal continua a presentear Brasília com essas iniciativas visionárias, os servidores públicos e a população do DF podem se preparar para um futuro repleto de desafios. Afinal, nada como a adversidade para fortalecer o espírito comunitário. E quem sabe, talvez um dia, Brasília consiga se virar sozinha, sem depender da generosidade de seus amigos em altos cargos.
A economia nacional
A taxa de juros está em quase 12% e subindo. Inflação está reacelerando. Buraco fiscal é gigantesco.
A variável de ajuste é o câmbio. Vai disparar, empobrecer a todos e trazer mais inflação.
BC está impotente. Impotente. Estamos entrando numa espiral de desconfiança.
Infelizmente o governo de Lula tem atacado constantemente nossa tao amada cidade. Todos nós pagaremos caro por desgoverno.