Após mais de um ano de intensos confrontos entre Israel e o Hezbollah no Líbano, um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos foi anunciado nesta terça-feira, 26 de novembro de 2024. O presidente Joe Biden revelou o plano durante um pronunciamento no Jardim das Rosas da Casa Branca, destacando que tanto os governos de Israel quanto do Líbano aceitaram a proposta americana para encerrar as hostilidades.
Detalhes do Acordo
O cessar-fogo, com duração inicial de 60 dias, estabelece que o Hezbollah deve retirar suas forças para o norte do rio Litani, enquanto o exército libanês, em conjunto com as forças de paz da ONU, assumirá o controle do sul do Líbano. Paralelamente, Israel se compromete a retirar gradualmente suas tropas da região dentro desse período.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel manterá “total liberdade de movimento” e responderá com força a qualquer violação do acordo por parte do Hezbollah. Ele justificou a aceitação do cessar-fogo com três pontos principais: focar no Irã, reabastecer suprimentos militares e isolar o Hamas. Netanyahu destacou que o Hezbollah está significativamente enfraquecido devido às ações militares de Israel, que destruíram líderes, foguetes e infraestruturas terroristas, além de abalar Beirute.
Participação Internacional
A mediação dos Estados Unidos foi fundamental para a concretização do acordo, com o presidente Biden enfatizando que o plano visa uma “cessação permanente das hostilidades”. Além disso, o governo francês teve participação significativa nas negociações, e a administração entrante do presidente eleito Donald Trump manifestou apoio ao desenvolvimento do acordo.
Impacto Humanitário
O conflito resultou em mais de 3.760 mortes no Líbano e deslocou 1,2 milhão de pessoas. Do lado israelense, os ataques do Hezbollah causaram 75 mortes e forçaram 50.000 pessoas a abandonarem suas casas. O cessar-fogo traz esperança de que os civis possam retornar às suas comunidades e reconstruir suas vidas.
Próximos Passos
Embora o cessar-fogo com o Hezbollah represente um avanço significativo, o presidente Biden reconheceu que ainda não conseguiu mediar um acordo semelhante entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Ele instou o Hamas a liberar os reféns que detém, incluindo cidadãos americanos, para facilitar a ajuda humanitária e avançar nas negociações.
O sucesso deste acordo dependerá da implementação efetiva dos termos estabelecidos e da cooperação contínua entre as partes envolvidas e a comunidade internacional.
Interessante: Durante declaração há pouco, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a “primeira razão” para um cessar–fogo com o Hezbollah neste momento é o “foco na ameaça iraniana.” Ele finaliza: “Não entrarei em detalhes sobre isso.”