Partido que movimenta uma fortuna, até mais que PIB de muito país na América Latina faz jogo de cena para “otario ver”.
A postura do MDB revela o dilema e a contradição que há muito acompanham o partido: o discurso de cobrança e o compromisso com a responsabilidade fiscal parecem meras formalidades públicas, que não resistem à tentação do fisiologismo e do clientelismo.
Apesar das recentes declarações do presidente do MDB, deputado Baleia Rossi, sobre a necessidade de “fiscalizar e cobrar” o cumprimento do arcabouço fiscal, a realidade é que o partido sempre esteve ao lado do PT nos governos Lula, funcionando como “um parça”, mas que, na prática, dá sustentação ao governo, mesmo diante de suas contradições.
Essa aliança histórica do MDB com o PT, que atravessa gestões e promessas de independência, demonstra que o partido é guiado mais por interesses de conveniência do que por uma agenda coerente.
A recente fala de Baleia Rossi, afirmando que o partido cobrará a execução do arcabouço fiscal, soa dissonante, especialmente quando figuras como José Sarney, ex-presidente e cacique do MDB, declaram abertamente apoio incondicional a Lula, sugerindo um alinhamento quase automático caso o petista se candidate em 2026.
O discurso de responsabilidade fiscal pode até soar bem na mídia e nas redes, mas a realidade é que o MDB raramente se afasta do clientelismo quando se trata de manter sua influência política.
O fisiologismo persiste como a marca registrada de uma legenda que diz querer “cobrar”, mas que dificilmente se afasta dos acordos e cargos que o aliam ao poder. Assim, qualquer cobrança de Baleia Rossi ao governo Lula parece mais um teatro político do que um compromisso real com a responsabilidade fiscal ou com uma agenda própria para o Brasil.
Aqui no DF, as contenções internas as vezes fogem ao controle, todavia tem funcionado.