O governo federal impôs sigilo à lista de passageiros que acompanharam o presidente Lula (PT) no voo volta da viagem a Santigo, no Chile, realizado em 6 de agosto, registrou a Folha de S.Paulo. Em vez de ir direto para Brasília, o avião presidencial fez uma escala de apenas 10 minutos na cidade de São Paulo, como mostra a agenda presidencial, levantando a suspeita de que alguém tenha pegado uma carona com o petista.
Segundo o jornal, a distância entre as cidades não demanda parada para reabastecimento e, caso houvesse a necessidade de uma parada operacional, ela duraria pelo menos uma hora.
A primeira-dama, Janja, estava em São Paulo no período, mas o Palácio do Planalto não informou se o avião fez escala por conta dela, nem explicou o motivo da descida na capital paulista.
Com o sigilo da lista de passageiros, não é possível saber qual foi o motivo da escala.
Lula mantém sigilos da mesma forma que Bolsonaro
Durante a campanha presidencial de 2022, mais precisamente em junho, Lula prometeu o seguinte: “É uma coisa que nós vamos ter que fazer: um decreto, um revogaço desse sigilo que Bolsonaro está criando para defender os amigos”.
Durante o debate da Band com Bolsonaro em 2022, ele disse:
“Eu quero ver você explicar a forma sigilosa que você colocou tantas coisas na sua vida. Tudo é motivo de sigilo. Tudo é motivo de sigilo. Tudo é motivo de sigilo. Você sabe que isso tem perna curta, porque vai acabar. Porque eu vou ganhar as eleições e quando chegar dia 1º de janeiro eu vou pegar o seu sigilo e vou botar o povo brasileiro para saber porque você esconde tanta coisa. Afinal de contas, se é bom não precisa esconder.”
Em seu primeiro ano de governo, no entanto, o petista negou praticamente o mesmo número de pedidos de informação que o antecessor no último ano de gestão. Ao todo, foram recusados 1.339 pedidos de informações em 2023, sob a justificativa de que as solicitações tocariam em dados pessoais.