Mesmo com um déficit acumulado de quase R$ 100 bilhões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não recua e quer, agora, a criação de mais uma empresa estatal. Um projeto de lei (PL) que institui a Alada, uma empresa aeroespacial, foi assinado e encaminhado ao Congresso Nacional.
O documento foi assinado por Lula nesta quinta-feira, 3, junto do ministro da Defesa, José Múcio, e do tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica.
O objetivo da nova estatal é explorar a infraestrutura e a navegação aeroespaciais, além das atividades relacionadas ao desenvolvimento de projetos e equipamentos aeroespaciais.
A Alada seria subsidiária da NAV Brasil, cuja área de atuação é dedicada a prover serviços de navegação aérea, incluindo serviços de tráfego aéreo, meteorologia e informações aeronáuticas.
Segundo o governo Lula, o PL de criação da estatal Alada “atende a diversos imperativos de segurança nacional ao apoiar o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação”.
De acordo com o Ministério da Defesa, a proposta também visa a contribuir para a “segurança do país”, sobretudo no espaço aéreo, bem como promover o “desenvolvimento econômico e social em prol do bem-estar da sociedade”.
“Em linha com a Estratégia Nacional de Defesa, busca a autossuficiência do Brasil em materiais aeronáuticos, espaciais e bélicos”, informou o Palácio do Planalto, em nota.
O governo federal ainda afirmou que a Alada pode “minimizar a forte dependência de fornecedores estrangeiros”, principalmente em relação a materiais que envolvem “tecnologias sensíveis e que sofrem restrições para a exportação, por critérios políticos dos governos dos seus fabricantes”.