O político também afirmou que outros 20 agentes da equipe de inteligência iraniana encarregada de monitorar as atividades de espionagem israelenses também se voltaram contra Teerã.
Os supostos agentes duplos foram acusados pelo ex-presidente iraniano de repassar informações confidenciais sobre o programa nuclear do país em 2018.
Os documentos foram tornados públicos pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e ajudaram a convencer Trump a abandonar os acordos nucleares com o Irã.
A suposta infiltração no serviço secreto foi descoberta ainda em 2021, mas o chefe do serviço secreto iraniano e os outros agentes envolvidos conseguiram abandonar o país em segurança.
A presença de agentes israelenses em instalações do governo iraniano não é tão incomum quanto parece.
Em 2020 o Ministro da Inteligência iraniano, Mahmoud Alavi, afirmou que o assassinato de um dos mais proeminentes cientistas nucleares do país, Mohsen Fakhrizadeh, recebeu ajuda de oficiais das forças armadas.
O ministro chegou a declarar que o serviço de inteligência do país não pôde organizar uma varredura completa nos militares:
“Não podíamos realizar operações de inteligência sobre as forças armadas”.
Outro caso aconteceu em julho deste ano, quando o ex-líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto com uma explosão no quarto onde se hospedava na capital iraniana.
Na ocasião, mais de 20 pessoas foram presas por envolvimento com a operação, incluindo altos oficiais de inteligência, funcionários militares e trabalhadores de uma casa de hóspedes administrada pelos militares em Teerã.
O sucesso da operação que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, também foi possibilitado pela colaboração de um agente da inteligência iraniana, segundo o jornal Le Parisien.
O informante teria contado aos israelenses a localização onde Nasrallah se encontraria com outros membros da cúpula do grupo terrorista.
Durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, Netanyahu disse que “não há lugar no Irã onde o longo braço de Israel não alcance”.
As declarações de Ahmadinejad e as operações de inteligência do governo israelense parecem confirmar o discurso de Nethanyahu.