O editor de Defesa e Relações Exteriores do jornal britânico The Telegraph, Con Coughlin, fez duras críticas à política externa do governo de Joe Biden em artigo publicado na noite da última quarta-feira, 25.
Para o jornalista, “o fracasso abjeto do presidente Joe Biden em fornecer uma liderança global eficaz” se comprova com o fato de que “os EUA estão enviando mais forças para o Oriente Médio”, onde as tensões são crescentes.
Os terroristas do Hezbollah intensificaram os ataques a Israel, que já começou o revide. O jornalista lembra que tanto os terroristas do Líbano quanto o Hamas são financiados pelo Irã.
“Um fator significativo no aumento da violência tem sido o papel malévolo que o Irã tem desempenhado. Isso inclui fornecer ao Hamas o financiamento e o apoio militar que o permitiram conduzir o pior atentado terrorista na história de Israel e fornecer ao Hezbollah os mísseis que agora estão sendo disparados contra Israel diariamente”, explica o jornalista.
Falhas da política de Biden com o Irã
Mas, a política de Biden em relação ao Irã é falha. “Em vez de responsabilizar Teerã pelo estabelecimento da sua rede de grupos terroristas islâmicos — o chamado “eixo da resistência” — Biden esforçou-se ao máximo para reavivar o falho acordo nuclear iraniano”.
O editor também avaliou a aproximação de Biden com a Arábia Saudita, que “levou a um declínio acentuado na influência de Washington”, já que os sauditas se aliam a rivais dos EUA, como Rússia e China. O democrata vai deixar a Casa Branca sem conseguir o esperado cessar-fogo e como “o maior acúmulo militar americano no Oriente Médio desde a invasão do Iraque, com toda a região oscilando à beira do colapso”.
Citando o discurso do presidente norte-americano na Assembleia Geral da ONU, o editor do Telegraph seguiu criticando Biden. Segundo ele, o democrata “teve a audácia de sugerir que sua presidência havia conseguido restabelecer o papel de liderança dos Estados Unidos no cenário mundial depois da ‘crise e incerteza’ que ele herdou ao assumir o cargo”.
O editor afirma que “a sugestão de que ele restaurou o papel de liderança de Washington é nada menos que ilusória”.
Rússia versus Ucrânia e Afeganistão
Coughlin destacou a postura titubeante do presidente dos EUA em relação à Ucrânia invadida pela Rússia, pois “em vez de fornecer apoio inequívoco, Biden frequentemente pareceu mais preocupado em não provocar Putin. Isso atrasou o fornecimento de equipamento vital e resultou em restrições rígidas ao uso do que foi fornecido”.
O editor de Relações Exteriores do Telegraph afirma que “é discutível” se Putin decidiu invadir a Ucrânia em razão do “tratamento desastroso de Biden na retirada dos Estados Unidos do Afeganistão no verão de 2021 — outra questão convenientemente esquecida em seu discurso na ONU — que deixou a impressão indelével de uma grande potência em declínio terminal”. Mas lembrou que poucas semanas depois desse “desastre humilhante”, Putin deu ordens para a invasão da Ucrânia.
Coughlin termina o artigo afirmando que “a presidência de Biden não restaurou a liderança global dos Estados Unidos, como o presidente alegou na ONU”. Ao contrário, “foi um desastre absoluto, e ele deixará o cargo com o mundo em um estado muito mais perigoso do que quando entrou na Casa Branca”.
A retirada dos Estados Unidos do Afeganistão no verão de 2021 — outra questão convenientemente esquecida em seu discurso na ONU — que deixou a impressão indelével de uma grande potência em declínio terminal”. Mas lembrou que poucas semanas depois desse “desastre humilhante”, Putin deu ordens para a invasão da Ucrânia.