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Petrobras reporta prejuízo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre, o primeiro prejuízo desde 2020

Foto:Divulgação/Agência Petrobras
Foto:Divulgação/Agência Petrobras

A Petrobras (PETR3; PETR4) chocou o mercado ao revelar um prejuízo líquido consolidado de 2,6 bilhões de reais no segundo trimestre. Esse é o primeiro prejuízo desde o terceiro trimestre de 2020, período em que a empresa estatal registrou perdas de 1,7 bilhão. Os resultados foram atribuídos pela companhia a uma combinação de dois elementos: o impacto de perdas cambiais e as consequências do acordo firmado com a União em junho para resolver disputas judiciais relacionadas a dívidas tributárias estimadas em 45 bilhões de reais.

A Petrobras, após um acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda e a Receita Federal, receberá um desconto de até 65% na dívida, que pode ser pago em sete parcelas. A formalização da adesão ocorreu em 20 de junho. De acordo com a Petrobras, os impactos desses fatores são “majoritariamente contábeis”, ou seja, não implicam em desembolsos de caixa. No entanto, o acordo com a União resultou em um efeito negativo de 11,6 bilhões de reais no balanço da petrolífera.

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A fim de minimizar o impacto do prejuízo anunciado na quinta-feira, 8, a Petrobras alega que o acordo com o governo foi “uma decisão julgada positiva pelo mercado por ter encerrado disputas bilionárias que traziam grande incerteza para o caixa da companhia.”

As perdas cambiais totalizaram 18,7 bilhões de reais. A empresa aponta em seu comunicado de resultados que o real “se desvalorizou 11,2% no 2T24, em comparação à desvalorização de 3,2% no 1T24 (o câmbio final foi de R$ 5,00/US$ em 31/03/24 para R$ 5,56/US$ em 30/06/24)”.

Mesmo que esses elementos tenham tido um impacto mínimo no caixa da Petrobras, isso não implica que essa categoria não foi afetada no segundo trimestre. Houve uma retração de 17% na geração de caixa, medida pelo Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), em relação ao primeiro trimestre, totalizando 50 bilhões de reais.

A empresa declarou que a redução do Ebitda foi afetada “por menores margens de diesel e gasolina, aumento das importações e de itens não recorrentes, com destaque para os efeitos do acordo de trabalho de 2023 e da adesão à transação tributária”. A Petrobras complementou dizendo que “esses efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento das receitas com exportações decorrente, principalmente, da valorização do Brent.”

Como referência para os analistas, a estatal explica que, “excluindo os itens mencionados e a desvalorização do real em relação ao dólar, o lucro líquido teria alcançado 28 bilhões de reais, enquanto o Ebitda ajustado seria de 62,3 bilhões de reais”.

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