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TSE decide pela segunda vez não enviar observadores para eleições na Venezuela

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou hoje que cancelou a participação de seus representantes na observação das eleições presidenciais da Venezuela, marcadas para o próximo domingo (28). Essa decisão foi tomada após o presidente Nicolás Maduro, candidato à reeleição, afirmar durante um comício realizado na terça-feira (23) que as eleições no Brasil não são auditadas. Maduro destacou que na Venezuela existe “a melhor auditoria do mundo” e que “nenhum boletim de urna é auditado no Brasil”.

Em resposta às declarações de Maduro, o TSE reiterou que as urnas eletrônicas brasileiras são auditáveis e seguras, classificando as afirmações do presidente venezuelano como falsas.

“Em face de falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado por autoridades venezuelanas, são auditáveis e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo”, afirmou o tribunal, em nota.

“A Justiça Eleitoral brasileira não admite que, interna ou externamente, por declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral brasileiro, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil”, acrescentou.

Originalmente, o TSE havia selecionado dois especialistas em sistemas eleitorais para integrarem a missão do tribunal nas eleições venezuelanas, a convite do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela. Essa prática de enviar representantes para observar pleitos em outros países é comum para o TSE, que também recebe delegações internacionais durante as eleições municipais e presidenciais no Brasil.

Na eleição venezuelana, além de Nicolás Maduro, outros nove candidatos estão registrados para concorrer. Entretanto, há relatos de prisões de opositores pouco antes da votação, além de acusações de restrição à liberdade da população, dos meios de comunicação e dos observadores internacionais.

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