Berinaldo Pontes (foto em destaque), ex-deputado, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (6/12). A ação investiga o desvio de R$ 36 milhões do fundo partidário nas eleições de 2022. Em 2020, ele já havia sido investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por supostas irregularidades durante seu mandato entre 2007 e 2010, quando era filiado ao PP.
Além disso, o ex-deputado foi envolvido no escândalo conhecido como Caixa de Pandora, onde foi suspeito de receber propina em troca de apoio político. Essa investigação revelou desvio de verbos públicos por meio de contratos entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e empresas de informática, levando ao afastamento do então governador José Roberto Arruda.
Os advogados de Berinaldo, André Gomes e Kaydher Lasmar, expressaram surpresa com os mandatos de busca e apreensão, destacando que durante os mais de seis anos de investigação da operação Caixa de Pandora, nenhuma prova foi encontrada contra seu cliente. Eles lembram que Berinaldo foi absolvido na ação de improbidade administrativa relacionada ao caso, decisão esta que foi confirmada em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Em nota, os advogados afirmam que Berinaldo acredita ser alvo de perseguição política. Segundo eles, mesmo após a conclusão da instrução criminal e com o processo aguardando sentença, o Ministério Público do Distrito Federal teria provocado novo constrangimento sem justificativa adequada, o que consideraria imprudente e desnecessário por parte das autoridades.
Berinaldo Pontes (PROS) foi o terceiro a gastar mais na campanha de 2022, que investiu R$ 1.200.000,00. Berinaldo não se elegeu, teve 1.964 votos. Nas contas para verificar qual foi o custo de seu voto, identificou-se o valor de R$ 610,00.
