Pontos de recarga ainda não acompanham o crescimento da demanda e da frota de carros elétricos no Brasil.
Os carros elétricos apresentaram um crescimento sensível de vendas no mercado brasileiro a partir de 2023, quando cresceram 1% em relaçãoao ano anterior. Gradualmente, o consumidor vai quebrando as barreiras para essesveículos, e eles ganham espaço.
Outro ponto importante é o valor dos preços desses carros elétricos, que se tornam mais acessíveis. Além disso, a chegada da chinesa BYD com o Dolphin Mini é um dos impulsionadores desse aumento de vendas.
No entanto, um problema já previsto começa a preocupar: a falta de carregadores elétricos para todos os veículos. Afinal de contas, é uma estrutura que ainda está em fase inicial e sem tantas instalações pelo país.
Atualmente, o Brasil tem 4.230 carregadores elétricos públicos, instalados pelo país. No entanto, destes, mais de 1.000 estão concentrados no estado de São Paulo, deixando o restante do país ainda muito atrás.
E, considerando que o país tem, no momento, cerca de 80 mil carros elétricos rodando, a média é de um carregador para cada 19 veículos. Mas, com o aumento das vendas, ainda mais agora em 2024, essa disparidade e falta de eletropostos podem aumentar.
Também vale lembrar que muitos dos carregadores gratuitos foram instalados recentemente. Além disso, muitos ficam em postos de conveniência nas estradas, colocados por empresas como a Volvo, na tentativa de ampliar as possibilidades de carregamento.
Apesar de a iniciativa ser das mais importantes, os carros elétricos ainda precisam de mais espaço e opções. Além disso, em casa, muitas vezes não há estrutura necessária para carregamento, assim como nos condomínios, onde essa questão já vem se tornando um problema para os consumidores.
Parceria vai gerar 600 carregadores
Atualmente, a BYD e a Shell, juntamente com a rede Graal, estão investindo na construção de 600 novos pontos de recarga até 2027. O maior problema de um eletroposto é o custo, que pode chegar a R$ 1 milhão por unidade.
Também vale lembrar que, até 2030, há a expectativa de que se tenha mais de 160 mil carros elétricos rodando no Brasil. Ou seja, mais do que o dobro do que se tem atualmente no país.
E, se as empresas e os governos não investirem em novos pontos de recarga, o tempo de espera ficará ainda maior. No entanto, também vale lembrar que há sempre a possibilidade de carregar em casa, mas isso acarretará um gasto na conta de luz no final do mês. Portanto, o futuro dos carros elétricos ainda depende de uma melhor infraestrutura.