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ONU diz que achou evidências de que Hamas estuprou israelenses

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

Nesta segunda-feira (4/3), especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram que há “motivos razoáveis” para acreditar que o grupo terrorista Hamas cometeu estupro, tortura sexual e outros tratamentos cruéis e desumanos contra mulheres durante os ataques realizados em Israel, no dia 7 de outubro de 2023.

Foram reunidas informações circunstanciais críveis, que podem ser indicativas de algumas formas de violência sexual, incluindo mutilação genital, tortura sexual ou tratamento cruel, desumano e degradante, aponta o relatório.

O documento tem 24 páginas e foi produzido pela equipe de Pramila Patten, enviada especial da ONU para violência sexual em conflitos. Ela visitou Israel e a Cisjordânia entre os dias 29 de janeiro e 14 de fevereiro para reunir, analisar e verificar informações sobre violência sexual relacionada aos ataques do grupo terrorista.

Patten indicou ainda que há “motivos razoáveis para acreditar que tais violências podem estar em curso”.

“A equipe da missão encontrou informações claras e convincentes de que alguns reféns levados para Gaza foram submetidos a várias formas de violência sexual relacionadas ao conflito e tem motivos razoáveis para acreditar que essa violência possa estar em curso” defende o relatório.

Patten não conseguiu se reunir com nenhuma vítima de violência sexual. Membros da equipe dela realizaram 33 reuniões com instituições israelenses e entrevistaram 34 pessoas, incluindo sobreviventes e testemunhas dos ataques de 7 de outubro, reféns libertados, provedores de saúde e outros.

“Há motivos razoáveis para acreditar que ocorreu violência sexual relacionada a conflitos durante os ataques de 7 de outubro em vários locais ao longo da periferia de Gaza, incluindo estupro e estupro em grupo, em pelo menos três locais” avaliou Patten.

A equipe descobriu “que vários corpos totalmente nus ou parcialmente nus da cintura para baixo foram recuperados, principalmente mulheres, com as mãos amarradas e atingidos várias vezes, muitas vezes na cabeça”.

 

*PN

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