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Empresários do DF são presos acusados de financiar o 8/1

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Os empresários Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita foram presos pela Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (29/2) na operação Lesa Pátria.

Os empresários são donos da Melhor Atacadista, rede atacadista do Distrito Federal. De acordo com as investigações, a dupla frequentava o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, além de financiar alimentação aos acampados.

Os dois já chegaram a prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF). Ambos foram indiciados pelos distritais por incitação ao crime equiparado pela animosidade das Forças Armadas e associação criminosa.

Em nota, a defesa dos dois disse que não teve acesso a decisão do STF e que o grupo que são acionistas é contra o vandalismo e a intolerância política. (Veja a nota completa no fim da matéria)

Dono de rede atacadista do DF é preso na operação Lesa Pátria

Os mandados de prisão e busca e apreensão em endereços ligados aos empresários foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Foi determinada, ainda, a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos dois empresários.

Lesa Pátria

A 25ª fase da Operação Lesa Pátria tem como objetivo de identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos antidemocráticos ocorrido em 8 de janeiro de 2023, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e vandalizados.

Ao todo, estão sendo cumpridos 34 mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sendo 24 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico. A operação ocorre nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

8 de janeiro: PF cumpre mandados no DF e em outros sete estados

Além disso, foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Segundo a investigação, o valor dos danos causados ao patrimônio público nos ataques pode chegar a R$ 40 milhões.

Os fatos investigados constituem os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Veja os mandados:

24 mandados de busca e apreensão: (8 em Tocantins), (6 em São Paulo), (2 em Mato Grosso do Sul), (3 no Paraná), (1 no Rio Grande do Sul), (1 em Minas Gerais), (1 no Espírito Santo), (2 no Distrito Federal);
3 mandados de prisão preventiva (1 em São Paulo), (2 no Distrito Federal);
7 monitoramentos com tornozeleira eletrônica (1 em Mato Grosso do Sul), (3 no Paraná), (1 no Rio Grande do Sul), (1 em São Paulo), (1 em Minas Gerais).Veja nota da defesa 

A defesa de Adauto Lúcio Mesquita e Joveci Andrade não obteve acesso à decisão emitida pelo Senhor Ministro Alexandre de Moraes. Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal.

A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados vêem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto.

Eles reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às Instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal.

O Grupo ao qual Joveci e Adauto são acionistas reitera que é contra o vandalismo e a intolerância política, e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. A diretoria do Grupo respeita as Instituições brasileiras, a democracia e o Estado de Direito.

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