A Polícia Federal (PF) concluiu, nesta quinta-feira (15/2), o inquérito sobre a agressão ao filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O empresário Roberto Mantovani Filho foi apontado pela PF como autor do crime de “injúria real”, mas não foi indiciado.
As autoridades decidiram pelo não indiciamento devido à natureza da ofensa, considerada de menor potencial ofensivo e cometida fora do país.
O caso remonta a um episódio ocorrido no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, em julho de 2023. Imagens das câmeras de segurança, que não possuem som, foram usadas para a decisão da PF.
O delegado Hiroshi de Araújo Sakaki, responsável pelo relatório final, ressaltou que não é possível afirmar com certeza se houve uma troca de ofensas, mas a agressão física, um tapa no rosto do filho de Moraes, foi claramente registrada.
De acordo com o relatório da polícia italiana anexado à investigação, o empresário Roberto Mantovani teria encostado “levemente” nos óculos de Alexandre Barci, filho de Moraes. No entanto, em seu depoimento, Moraes afirmou que seu filho levou um “tapa” do empresário. A defesa de Mantovani utilizará o documento da polícia italiana para contestar a versão do ministro do STF.
No início do mês, a Polícia Federal encaminhou ao STF o relatório da análise das imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Roma, concluindo que o empresário “aparentemente” agrediu com “hostilidade” o filho de Moraes.
*PN