Com a chegada do 8 de janeiro, data em que se completa um ano após as manifestações que culminaram em invasões aos prédios dos Três Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm dado entrevistas ignorando escândalos envolvendo o seu governo. O caso da Mynd8 e Choquei, na qual existe a suspeita de que a agência tenha atuado para turbinar a campanha eleitoral de Lula em 2022 disseminando fake news foi totalmente evitado pelo petista na última semana.
Neste primeiro ano de governo o foco do petista foi responsabilizar o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), mesmo sem provas contundentes por diversos crimes, Lula disse à CNN Brasil que não imaginava que algo como os ataques pudesse acontecer e culpou Bolsonaro pelo ocorrido. Contudo as imagens de câmeras de segurança internas que mostram a invasão no 8 de janeiro no Ministério da Justiça foram perdidas, declarou o ministro Flávio Dino à época.
No entanto, quando o 8 de janeiro aconteceu, Bolsonaro estava nos Estados Unidos, da onde só voltou no fim de março do ano passado. Para Lula, as invasões aconteceram porque houve incentivo do ex-presidente como também apoio de forças do Estado. “Havia na verdade um pacto entre o ex-presidente da República, o governador de Brasília [Ibaneis Rocha] e a polícia, tanto a do Exército quanto a do DF [Distrito Federal]. Isso havia, inclusive com policiais federais participando. Ou seja, aquilo não poderia acontecer se o Estado não quisesse que acontecesse”, afirmou o presidente em outra entrevista sobre o assunto ao jornal O Globo.
Lula também afirmou à mídia que não imaginava esse cenário porque também já havia disputado “muitas eleições”: “Eu perdi três eleições seguidas. […] Ou seja, quando a gente perdia, a gente voltava pra casa e ia chorar as mágoas.”