A Comissão de Ética da Presidência da República deu um sinal claro de que o rigor aplicado a ex-auxiliares de Jair Bolsonaro não é observado quando os processados são ligados a Lula.
Em 2023, a comissão livrou todos os auxiliares do presidente Lula de alguma punição nos processos que foram analisados. Foram seis representações que não deram em nada.
Já os ex-auxiliares de Bolsonaro não contaram com tamanha benevolência. Foram oito punições contra ex-ministros do ex-presidente, como Ricardo Salles, Abraham Weintraub, Mário Frias e Gilson Machado.
A diferença de tratamento entre os dois grupos de auxiliares presidenciais é gritante.
Para os auxiliares de Bolsonaro, a espada de Damocles pendeu sobre suas cabeças. Eles forem denunciados com rigor.
Já para os auxiliares de Lula, a espada parece estar enferrujada. Eles sabem que, mesmo se forem denunciados, é improvável que sejam punidos.
Essa diferença de tratamento é um sinal de que a Comissão de Ética da Presidência da República não é imparcial.
Ela parece estar sujeita a influências políticas, e isso é um problema grave para a democracia brasileira.