Na manhã desta segunda-feira (20/11), o detento Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, preso por participar dos atos de 8 de janeiro, morreu de mal súbito durante um banho de sol no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2, no Complexo Penitenciário da Papuda. Ele teria sofrido um infarto fulminante.
O preso é irmão do vereador Cristiano do Ramalho (PSD), do município de Feira da Mata, oeste da Bahia. Conhecido como “Clezão do Ramalho”, ele morava na capital federal e fazia uso de medicação controlada porque sofria de diabetes e hipertensão. Outros detentos tentaram reanimar Cleriston com massagem cardíaca antes da chegada de socorristas, mas não resistiu e morreu no local.
Cleriston era réu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) o denunciar por cinco crimes. Em setembro, a própria PGR se manifestou pela liberdade do detento, que aguardava uma decisão do ministro relator do processo. O caso não chegou a ser analisado pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF).
As autoridades apuram a causa da morte. O corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde passará por necropsia.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) confirmou a morte, registrada por volta das 10h. O preso era acompanhado por equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde (UBS) da prisão desde a entrada no complexo, em 9 de janeiro.
“Hoje, essa mesma equipe de saúde realizou manobras de reanimação assim que constatado o mal súbito até a chegada da equipe do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e dos bombeiros, imediatamente acionados”, disse a pasta.
O ministro Alexandre de Moraes determinou à direção do Complexo Penitenciário da Papuda informações detalhadas sobre a morte de Cleriston, incluindo cópia do prontuário médico e um relatório dos atendimentos recebidos pelo preso durante a custódia.
