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Eliziane Gama saiu minúscula da CPMI do dia 08 de janeiro?

Reprodução: O Antagonista
Reprodução: O Antagonista

 

 

*Luciano Lima

 

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) apresentou nesta terça-feira, 17 de outubro, o relatório final da CPMI do dia 8 de janeiro que, pelos comentários nos bastidores, não convenceu nem mesmo a própria base governista. Ou seja, a senadora amazonense pode ter saído minúscula por causa do comportamento nada republicano.

 

Para muitos analistas políticos e parlamentares da oposição e do próprio governo, o “golpe de misericórdia” na credibilidade do relatório oficial da CPMI foi dado quando assessores da senadora Eliziane Gama foram flagrados combinando perguntas e respostas com o depoente General G. Dias. Foi um fiasco! Foi o famoso “tiro no pé”.

 

O relatório oficial da CPMI do dia 8 de janeiro produziu pouco mais de 1000 páginas. Só o relatório paralelo apresentado pelo senador Izalci Lucas (PSDBD/DF), que apontou todos os erros e omissões do governo Lula nos atos do dia 8 de janeiro, produziu quase 3000 páginas. Aliás, seria muito interessante o senador Izalci disponibilizar para a população a íntegra do relatório independente produzido.

 

É fato que não podemos negar a participação de bolsonaristas na tragédia do dia 8 de janeiro. Mas também é “claro como o azul do céu” que o comando da CPMI, juntamente com a base governista, trabalharam duro para que não houvesse um maior aprofundamento nas investigações.

 

Resumindo: a parcialidade da senadora Eliziane Gama foi provinciana. Ela cumpriu o “dever de casa” que lhe fora passado até com certa infantilidade. E o objetivo de tentar incriminar o ex-presidente Jair Bolsonaro, com alguma prova mais contundente, não foi alcançado. Aliás, ela passou a bola para o Supremo Tribunal Federal (STF).

 

E para finalizar, fatos graves que ainda carecem de respostas convincentes: imagens apagadas do ministério da Justiça, as mensagens apagadas do celular do general G. Dias, o relatório da ABIN adulterado a mando do G. Dias, a ausência da Força Nacional e do Exército na proteção da Esplanada dos Ministérios e o “jogo combinado” entre o gabinete da senadora Eliziane Gama e o General G. Dias. Ou seja, relatório fraco e completamente comprometido.

 

*Luciano Lima é historiador, jornalista e radialista

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