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Israel ordena que palestinos deixem Cidade de Gaza em 24 horas

O exército de Israel emitiu, nesta 6ª feira (13.out), uma ordem para que os palestinos deixem a Cidade de Gaza em direção ao sul da Faixa de Gaza em até 24 horas. Segundo o porta-voz das Forças Israelenses, Jonathan Conricus, a evacuação é necessária “para a própria segurança dos habitantes”, uma vez que há expectativa para uma ofensiva terrestre.

Isso porque os militares dizem ter informações de que integrantes do grupo Hamas estão escondidos em túneis na Cidade de Gaza – que abriga 677 mil pessoas. Conricus afirmou que, nos próximos dias, as operações serão “significativas” e que, por isso, os moradores não devem retornar ou atravessar a fronteira até que o governo israelense permita.

Pelas redes sociais, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse ter recebido o alerta do exército de Israel, mas com a informação de que a evacuação deveria ser feita na região norte da Faixa de Gaza, onde há 1,1 milhão de pessoas. Apesar de já ter transferido o centro de operações para o sul, a entidade afirmou que a evacuação em massa é impossível.

“As Nações Unidas consideram impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, alegando que não há tempo suficiente para a transferência de todos os moradores. O diplomata pediu, então, que a ordem de evacuação seja revogada, “evitando o que poderia transformar o que já é uma tragédia numa situação calamitosa”.

A fala foi criticada pelo embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, que acusou a organização de “fechar os olhos” por anos para o armamento do Hamas e o uso da população civil na Faixa de Gaza. “Agora, em vez de apoiarem Israel após o massacre do Hamas, atrevem-se a pregar-nos quando Israel tenta minimizar os danos aos civis”, disse.

A Faixa de Gaza é um território palestino de 41 km de comprimento e 10 km de largura, que faz fronteira com Israel e Egito. O local, que tem o território menor que a cidade do Rio de Janeiro, é abrigo de 2,1 milhões de pessoas, que atualmente estão sofrendo com o desabastecimento de água, energia, alimentos e combustível devido ao isolamento feito pelo exército israelense, além de bombardeios diários.

Na 5ª feira (12.out), o governo do Egito, bem como organizações internacionais, apelaram para que Israel liberasse o acesso à Faixa de Gaza para ajuda humanitária. O mesmo foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que conversou por telefone com o líder isralense, Isaac Herzog, pedindo que inocentes não sejam vítimas do conflito.

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