Empresa terceirizada não respeita CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), segundo sindicato da categoria aeroviária, e greve promete contaminar todos aeroportos do país.
Sem propostas a Security SATA do Aeroporto Internacional de Brasília (DF) põe em risco as operações e os empregos dos APACs (Agente de Proteção da Aviação Civil), profissionais vão paralisar as atividades em 12 de setembro. Esta é mensagem do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários) para a direção da prestadora de serviços.
A confirmação da greve será dada no dia 11, após reunião com a empresa terceirizada e a Inframérica, administradora responsável pelo aeroporto. Segundo o coordenador do Sindicato responsável pela região centro-oeste, Elias Souza, tudo depende de a Security SATA se comprometer em respeitar a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e atender as reivindicações dos funcionários e funcionárias.
Entenda o caso
Com a diminuição do volume de passageiros, a Inframérica lançou novo edital com proposta de redução do quadro de contratações do aeroporto. A Security foi escolhida por oferecer menor custo e, para se adequar aos novo contrato, promove uma série de alterações.
O problema é que algumas delas sequer respeitam o estabelecido pela CCT, como é o caso da redução da força de trabalho. Profissionais são demitidos de forma indiscriminada, sem que critérios legais sejam respeitados.
A prestadora de serviços também impõe alteração na jornada de trabalho que aumenta a carga horária diária, sem acréscimo nos salários. Foi criada uma nova escala em que profissionais apenas podem compensar com folga, sem remuneração.
Por outro lado, existe a proposta de diminuição de salários com a redução da carga horária de 6h para 4h. Nenhuma das possibilidades conta com o apoio dos APACs, que se organizam em uma paralisação em 12 de setembro, caso nenhuma nova proposta seja apresentada pela Security na reunião do dia 11.