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PF rejeita pedido para investigar ameaça contra mãe de Dallagnol

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Criminoso chegou a usar o número 13, em referência ao PT, em mensagem de ameaça

A Polícia Federal negou um pedido feito pelo deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) para que fosse realizada a investigação de uma ameaça sofrida pela mãe dele. A informação foi divulgada nesta terça-feira (23) pelo colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles.

De acordo com o jornalista, a solicitação foi enviada ao superintendente da PF no Paraná, delegado Rivaldo Venânio, no dia 4 de maio, quase duas semanas antes da data em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do congressista, o que ocorreu na última terça (16).

No pedido de investigação, Dallagnol apresentou uma captura de tela de uma mensagem que teria sido enviada para sua mãe, na qual o bandido afirmava ter o CPF e o endereço residencial dela e dizia que o ex-procurador estava “atrapalhando”. Além disso, o criminoso ainda escreveu o número 13, em referência ao numeral usado pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

– Manda Lava Jato vir aqui. Tá achando que eu sou Lula é? – indagou o bandido na ameaça.

Deltan então pediu a abertura de um inquérito para apurar o caso, mas a Polícia Federal rejeitou a solicitação com o argumento de que não teria vislumbrado a prática de crimes que fossem de competência da corporação.

– O caso sugere a prática, como bem narrado no ofício noticiante, de crime contra a honra da vítima (injúria) e crime contra sua liberdade individual (ameaça), ambos os crimes praticados em face da mãe do exmo. deputado federal, dr. Deltan Dallagnol, portanto delitos de ação penal privada e ação penal pública condicionada a representação do ofendido – sustentou a PF.

Diante da resposta, o deputado cassado solicitou, no dia 8 de maio, uma reconsideração da negativa da PF. Em um ofício, Dallagnol destacou que a ameaça contra sua mãe estava ligada à sua atuação como parlamentar federal.

– O simples fato de “ser mãe” de deputado federal – funcionário público federal – certamente não atrai a competência da Justiça Federal para apreciação do feito. Ocorre que as ameaças se dão “tão somente e por conta” das atribuições desenvolvidas por este signatário, e isto está bastante claro na mensagem de ameaça – destacou o ex-procurador, que agora aguarda resposta da PF.

Além de acionar a Polícia Federal, Deltan também oficiou o procurador-geral de Justiça do Paraná, Gilberto Giacoia, pedindo investigação da ameaça. O representante do Ministério Público, porém, ainda não respondeu a solicitação.

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