O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participaram neste domingo (16/10) do primeiro debate presidencial do segundo turno das eleições 2022, organizado pelo grupo Bandeirantes, Folha de S.Paulo, Uol, TV Cultura e CNN.
O debate foi dividido em três blocos. Pela primeira vez na história, os candidatos puderam transitar pelo palco e tiveram 30 minutos cada, para falarem livremente, divididos em dois tempos de 15 minutos. Seguido pelas perguntas formuladas por jornalistas que tiveram de responder e, por fim, um discurso livre.
Diversos temas foram abordados, como a vacinação, as obras do nordeste, escândalos de corrupção, educação no Brasil e os governos de Bolsonaro e Lula.
O debate ficou marcado pelas trocas de acusações entre os candidatos, principalmente sobre os temas corrupção e fake news. Quem se destacou mais no debate? Veja algumas frases dos melhores momentos:
Bolsonaro: “Por que a Venezuela tem metrô e Belo Horizonte não tem metrô? Porque você deu grana para seu amigo Hugo Chavez”.
Lula (PT): “Mentiroso é você. Você é o rei da fake news. O rei da estupidez. O Brasil carrega hoje o peso de maior país que matou pela Covid. O senhor não foi visitar nenhuma família que morreu na pandemia, mas foi no velório da Rainha fazer cena”.
Lula: “Disseram que você era um puxa-saco meu.”
Bolsonaro: “Não me compare com seus amigos corruptos. (No seu governo) Tinha corrupção em abundância no Brasil”.
Em conversa com colunista do portal Metrópoles, auxiliares de Bolsonaro reconheceram que “Lula foi melhor” no primeiro bloco, sobretudo na fase em que os dois candidatos se confrontaram por 15 minutos.
No segundo bloco, a campanha de Bolsonaro avaliou que “os dois foram bem”. Bolsonaristas, porém, comemoraram o fato de o atual presidente não ter ofendido jornalistas nesse bloco, como fez no debate do primeiro turno.
A avaliação é de que o presidente “virou o jogo” no terceiro bloco, quando dominou o debate e deixou Lula na defensiva, ao focar o embate no tema de corrupção e de ditaduras de esquerda.
“Vencemos de virada”, resumiu à coluna um dos estrategistas da campanha de Bolsonaro.
