Os candidatos ao Governo do Distrito Federal se reuniram nesta noite de terça-feira (27/9) para mais um debate das eleições de 2022.
O debate da TV Globo teve um fator que foi incômodo para os candidatos, mas principalmente na audiência para o eleitor. O debate teve inicio as 22h e 30m com encerramento depois da meia noite.
Certamente influenciou no desempenho de algum dos candidatos presentes. O ponto positivo foi não colocar plateia e nem militantes de redação para fazer perguntas. Talvez o formato mais produtivo.
Desempenho dos candidatos
- Ibaneis Rocha (MDB) – Ciente de que seria todos contra um, usou muito bem o tempo e fez um passeio por suas realizações, muito bom de oratória, o emedebista protagonizou o melhor momento ao se defender atacando seu algoz e defensor do ódio do bem Leandro Grass. Cresceu.
- Paulo Octávio (PSD) – Talvez pelo avançar do horário e até mesmo pela idade, dava sinais de cansaço, foi o pior momento de P.O em debates, se perdeu em muitos momentos e ainda tomou uma bronca do mediador global ao levar o celular para o púpito. No final, disse que iria implementar em seu eventual governo tarifa zero para “todos” usuários de transporte coletivo e disse que em 7 dias deixaria a rodoviária do Plano Piloto um “brinco”.
- Leandro Grass (PV) – Irônico, usou do sacarsmo e todo tempo disponível para atacar o governador. Usou a técnica de apontar os defeitos, mas ignora os seus próprios. Foi preciso Ibaneis desmascarar o “bom moço” que destila ódio em suas bravatas. Protagonizou com Ibaneis o momento mais quente do debate, mas passou vergonha também quando pediu um direito de resposta que fora negado e tentou se justificar dizendo “minha cara não é verde”. Bravateiro.
- Izalci Lucas (PSDB) – Assediado o tempo todo pelos esquerdistas Grass e Leila, teve chance de melhorar seu desempenho, mas não empolgou ninguém. Muito fraco. Teve várias bolas levantadas para fazer um gol, não o fez e foi só mais um que compareceu e não fez a diferença. Lamentável.
- Leila Barros (PDT) – O mais do mesmo. Não sabia responder com clareza e generalizou todos os temas (estes também eram genéricos) e muito menos perguntar, o que também foi uma lástima. Lamentável Brasília ter uma senadora do nível da Leila. A genérica.
- Keka Bagno (PSol) – Com o sorriso típico das fans do “Lulopetismo”, Keka insinuou de que haveria grileiros em muitos locais do território do DF, mas esqueceu de dizer o quanto o seu partido e “cumpanheiros” amam o MST. Estava ali somente para tomar o tempo do eleitor e justificar a tal “democracia”.
- Coronel Moreno (PTB) – Desconhecido do eleitorado, o coronel estava fora do timing e tentou emplacar pautas de costume. Apesar de se auto entitular conservador, tudo indica que não leu Olavo de Carvalho. Moreno foi fazer joguinho com esquerdistas e levou duas chapuletadas a) da Keka Barros quando foi debater ambientalismo (pauta verde) e a segunda quando quis fazer ping pong com Grass e o perguntou sobre ideologia de gênero. Muito fraco.
Por fim, o debate é o instrumento que o eleitor tem para conhecer um pouco mais sobre os candidatos. Infelizmente os candidatos que se colocaram disponiveis estão a quem do eleitor brasiliense que é um dos mais, senão o mais preparado do Brasil.
Não há dúvida de que o formato idealizado pela TV Globo foi o melhor apresentado pelos veículos de comunicação com a única ressalva do horário.
*Hamilton Silva – Jornalista, graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Católica de Brasília, pós em Gestão Pública e editor do portal DFMobilidade.