Segundo a Veja, ex-ministra da Secretaria de Governo passou a ser limada dentro do Planalto por ter apoiado opositor ao governo para a Corte
Ex-ministra da Secretaria de Governo da Presidência da República, a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) teria articulado uma operação para garantir a vitória ao então senador Antônio Anastasia (PSD-MG) para a cadeira do Tribunal de Contas da União (TCU), nome defendido pela oposição no Senado Federal. As informações são da revista Veja.
A costura que beneficiou o então opositor ao governo de Jair Bolsonaro (PL) teria ocorrido por meio de liberação de verbas do próprio Palácio do Planalto para premiar senadores que confirmaram o voto ao ex-governador de Minas Gerais. A jogada teria irritado a cúpula do Palácio do Planalto.
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“Ela não foi sumariamente demitida porque já estava acertada a sua desincompatibilização em março”, confidenciou à Veja importante assessor do Planalto sobre a insatisfação de Bolsonaro, do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira e do próprio presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PL-AL).
Na época da corrida à importante cadeira – exclusiva para oriundos do Senado Federal –, no fim do ano passado, a senadora Kátia Abreu (PP-TO) era a preferida entre governistas para ocupar a vaga deixada pelo ex-ministro Raimundo Carreiro.
Nova disputa
Desde que a reviravolta ocorreu, aliados do Palácio do Planalto começaram a trabalhar de forma antecipada para a indicação do próximo nome. Desta vez, para ocupar a cadeira deixada pela ministra Ana Arraes, que completa 75 anos. A cadeira é exclusiva para candidatos oriundos da Câmara dos Deputados.
Estão de olho no cargo vitalício os deputados federais Soraya Santos (PL-RJ), Fábio Ramalho (MDB-MG), Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) e Hugo Leal (PSD-RJ).
De todos, os dois nomes mais competitivos são o de Soraya Santos e o de Jhonatan de Jesus.
Soraya tem as bênçãos de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do partido que abrigou o presidente Jair Bolsonaro.
Por outro lado, Jesus é a aposta de Marcos Pereira, pastor licenciado da Universal do Reino de Deus e presidente nacional do Republicanos, partido que reúne grande parte da base evangélica brasileira.
Ambos candidatos torcem pelo apoio de Arthur Lira para a escolha.
O presidente da Câmara não se posiciona publicamente sobre a preferência justamente para não repetir a novela de Anastasia. Foi além: avisou que a eleição só deve ocorrer após as eleições de outubro, uma garantia para que o alagoano possa ficar bem com o próximo presidente eleito, seja ele quem for.
Até lá, os cinco possíveis candidatos terão de manter o gasto milionário de recursos com a campanha eleitoral. Ninguém quer correr o risco de ficar fora do Congresso no caso de o cenário atual sofrer mais reviravoltas.
*Com Informações do Metrópoles