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Uso do passe livre estudantil bate recorde

Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília.
Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília.

O Passe Livre Estudantil já beneficia mais de 238 mil alunos do Distrito Federal. A média de acessos diários ao transporte público com a ferramenta bateu recorde, superando a marca dos 225 mil na segunda quinzena de abril, representando um aumento de 25% em relação a março. O BRB Mobilidade, responsável pela gestão do sistema, tem emitido mais de 10 mil novos cartões por mês.

Arte: Agência Brasília

Para a aluna do curso de Medicina Veterinária Sofia Galindo (20), o passe livre é sinônimo de economia. A jovem mora na Asa Norte, mas estuda em uma faculdade em Águas Claras. “São mais de 25 km de distância”, conta. “O pouco dinheiro que ganho com aulas particulares estava sendo gasto em gasolina.”

Sofia buscou seu cartão na unidade de atendimento da Galeria dos Estados (Asa Sul). Os postos físicos do passe livre recebem cerca de 1,7 mil pessoas por dia. A maior parte dos atendimentos, no entanto, é feita pelos canais digitais. Desde que assumiu o sistema, em 2019, o BRB digitalizou os processos, criou um aplicativo e lançou uma central telefônica.

Presidente do BRB, Paulo Henrique Costa afirma que essas ferramentas asseguram uma melhor experiência para o usuário. “Passamos a oferecer um atendimento omnichannel aos estudantes, facilitando o dia a dia das famílias”, ressalta. “Estamos felizes em contribuir com a população da nossa cidade.”

A subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação (Suplav) da Secretaria de Educação, Mara Gomes, destaca a importância das ações voltadas para o combate à evasão escolar. “Diante das dificuldades da população, favorecer o deslocamento daqueles que não estejam matriculados próximo às suas residências tem sido um forte aliado para a permanência na escola”, avalia.

Não fosse o passe livre, Gregória Rodrigues (51) já teria largado os estudos. A aluna do Centro de Ensino Fundamental Dra. Zilda Arns, no Itapoã, estava desempregada quando começou a ser alfabetizada pelo programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da escola. “Moro longe e dependo de ônibus para estudar”, diz. “Ter transporte de graça foi o que me manteve em sala de aula.”

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