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PSDB na capital já é pequeno no Brasil implodiu de vez

João Dória, Ladeado de Izalci - foto: reprodução
João Dória, Ladeado de Izalci - foto: reprodução

Após o ensaio das prévias (temporariamente interrompidas por dúvidas no processo de apuração), o PSDB saiu menor.

Como um “partido de quadros” (termo que se usa na Ciência Política para designar partidos políticos menores, porém, de referência, de quadros técnicos, de “ilustres”, mas não de “massas”), o PSDB quis insistir em uma tradição que não era sua (as prévias, consagradas como efetivo fenômeno eleitoral entre correligionários nos EUA e que, no Brasil, têm sido tipicamente realizadas na definição de candidaturas majoritárias do PT, que é, este sim, um “partido orgânico de massas”). Resultado: as diferentes oligarquias tucanas disputaram poder em público, quando deveriam ter lavado a “roupa suja” em casa.

O PSDB é hoje um partido em crise de identidade. Isso porque:

a) sua geração de dirigentes da passagem entre as décadas de 1980-90 (centrista e moderadamente social democrata, à moda do PSD português) já quase não existe mais virou um partido “socialista fabiano” contaminado pelo Pacto de Princeton ;

b) o líder nacional naturalmente herdeiro da legenda Aécio Neves tornou-se uma persona não  grata onde era adorado chegando ao ápice quando perdera as eleições para Dilma Roussef; e

c) a sigla foi tomada por uma liderança exógena Doria que está disposta a dobrar o PSDB e transformá-lo em algo como o PP Espanhol (talvez um pouco menos conservador), acelerando o processo de transição do partido da Centro Direita para a Direita Clássica no espectro político.

Fraturas expostas geram divisões irremediáveis.

No Distrito Federal todos irão se lembrar de quando Geraldo Alckim interviu de forma definitiva efetivando o então Izalci Lucas como pré-candidato do GDF expondo a falta de democracia interna e feridas incuráveis.

No pós eleição de 2018, mesmo depois de uma conturbada e autoritária campanha tucana o PSDB se colocou na oposição sistemática que levou a única personalidade do partido ao esquecimento, Izalci.

Nas próximas eleições o PSDB/DF terá pela frente o desafio de sair com candidatura própria e definhar de vez ou se aliar ao partido de esquerdas como PDT e PT para continuar condjuvante na vida política do brasiliense.   Há forte perspectiva de saída de “medalhões” (isto é, de lideranças de expressão regional/nacional) do PSDB após a virtual apuração final das prévias. A sigla sairá menor. Se ela vai, no entanto, fortalecer-se após seu novo posicionamento, só o tempo e a qualidade das lideranças vitoriosas o dirão.   

*Hamilton Silva – Economista formado pela Universidade Católica de Brasília e Gestão Pública pelo Instituto Processus. Jornalista e Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Brasileira de Portais de Notícias

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