fbpx
Pesquisar
Close this search box.

STF PODE PERMITIR ABORTO DE FETO COM ZIKA VÍRUS

1127.jpg
PRÁTICA REMETE À EUGÊNIA NAZISTA.

DF MOBILIDADE
Sem alarde, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, colocou em pauta da para julgamento na sessão virtual do dia 24 de abril a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5581.

Na ação, além de outros, há o pedido de que as gestantes infectadas pelo zika vírus possam optar pela interrupção voluntária da gravidez, sob suposta “proteção de sua saúde mental”.

Intencionalmente ou não, a polêmica ADI foi pautada num momento de pandemia de coronavírus em que severas restrições à circulação e aglomeração de pessoas impede manifestações públicas contrárias à medida.

Condenar à morte bebês com microcefalia ainda dentro da barriga de suas mães remete ao nazismo, onde uma das formas de busca de uma “sociedade ideal” se dava pela condenação à morte de pessoas “imperfeitas”.

O Padre Paulo Ricardo identificou esta relação em um artigo publicado em seu site ainda em 2016. Confira:

Não é novidade o pedido que alguns juristas e acadêmicos de Direito farão à Suprema Corte brasileira, requerendo um suposto “direito ao aborto” de crianças com microcefalia. Na década de 1930, na Alemanha, o programa nazista de extermínio de crianças deficientes (a Kinder-Euthanasie) incluía, entre as doenças genéticas passíveis de execução, a síndrome de Down, a paralisia, a hidrocefalia e, também, a microcefalia [1]. A princípio, o objetivo era matar as crianças com até 3 anos de idade. Mais tarde, o plano de Adolf Hitler se estenderia também aos adultos.

Certamente, Ana Carolina Cáceres – a brasileira de 24 anos, portadora de microcefalia, que se graduou recentemente em jornalismo – não teria sobrevivido ao regime nazista. Como ela, tampouco teriam passado as irmãs Ana Victória (16) e Maria Luiza (14), também portadoras da síndrome. Fossem concebidas hoje, porém, a vida dessas mulheres estaria em risco muito mais cedo: elas poderiam ser descartadas antes mesmo de nascerem.

Fora ou dentro do útero, no entanto, meses ou anos depois da concepção, são realidades meramente circunstanciais. Nada disso muda a essência do que os promotores do aborto, aproveitando-se do pânico gerado em torno do zika vírus, pretendem advogar junto ao Supremo Tribunal Federal: a ideia de que alguns seres humanos são mais dignos de viver do que outros.

O nome disso é eugenia.

Dar um novo nome às coisas não altera a sua substância, pelo que “saúde reprodutiva”, “direito de escolha” e “controle de natalidade” não passam de eufemismos construídos para disfarçar a realidade.

Nem pode mudá-la o fato de algumas pessoas aparentemente esclarecidas estarem do lado de lá. Na verdade, quando o eugenismo surgiu na Europa, ainda no final do século XIX, muitos nomes de peso também deram sua aprovação à ideia, chegando a defendê-la pública e notoriamente: Winston Churchill, H. G. Wells e Bernard Shaw são apenas alguns exemplos. Francis Galton, um homem inteligente, responsável por cunhar a expressão “eugenia”, chegou a falar dela como uma espécie de “nova religião”. O entusiasmo pela coisa só pareceu cessar após a Segunda Guerra Mundial, quando as pessoas viram a que tudo isso realmente levava: pilhas de cadáveres em campos de concentração.

Comentários