Na sexta-feira 27, o Partido Comunista da China impôs sanções de 212% ao vinho australiano para retaliar o governo do primeiro-ministro Scott Morisson. Os chineses sustentam que empresas do setor estariam praticando dumping (prática de mercado em que companhias vendem produtos por preços muito abaixo do valor justo). E, dessa forma, a indústria chinesa atuante nessa área teria sido prejudicada.
Contudo, o governo comunista não mostrou evidências da suposta deslealdade às regras de mercado cometida pelo país, garante a gestão de Scott Morisson. “É um golpe devastador para as empresas que negociam com a China na indústria do vinho”, declarou o ministro australiano do Comércio, Simon Birmingham, em uma entrevista coletiva. “A medida é injustificada e sem evidências”, acrescentou o político.
Em março deste ano, o primeiro-ministro Scott Morisson defendeu publicamente que nações democráticas investiguem se os chineses instrumentalizaram o coronavírus para ganhar dinheiro. Desde então, os comunistas têm atacado setores estratégicos da economia australiana. A lista de produtos com sanções inclui a cevada, a carne bovina, o carvão, o cobre, o algodão, as lagostas, o açúcar, a madeira, o trigo e a lã.