SP: tarifa do metrô e dos trens sobe para R$ 5,40 e pesa no bolso do passageiro a partir de janeiro

Foto: Divulgacão/CPTM
Foto: Divulgacão/CPTM

Passagem de metrô e trem sobe para R$ 5,40 a partir de 6 de janeiro de 2026, reajuste que acompanhará, ainda que levemente abaixo, a inflação acumulada no último ano e impactará diretamente milhões de usuários do transporte sobre trilhos na Região Metropolitana de São Paulo.

O novo valor representa um aumento de R$ 0,20 (3,85 %) sobre a tarifa vigente de R$ 5,20, segundo anúncio oficial divulgado na segunda-feira, 29 de dezembro, pelas autoridades responsáveis pela gestão do sistema de transporte metropolitano.

De acordo com o comunicado, a atualização tarifária, que passa a valer no dia 6 de janeiro, foi calculada para ficar abaixo da inflação acumulada no período, estimada em cerca de 4,46 % pelo índice IPC-Fipe, e faz parte da revisão anual das tarifas de transporte público na maior metrópole do país.

O reajuste é justificado pelo governo estadual como uma medida necessária diante do crescimento contínuo dos custos operacionais do sistema metroferroviário — incluindo energia elétrica, manutenção da infraestrutura, operação das composições e folha de pagamento —, que pressionam as contas do serviço mesmo com subsídios públicos.

Relatórios oficiais consignam que, para manter o preço da tarifa em R$ 5,40 em 2026, está previsto um aporte de aproximadamente R$ 5,1 bilhões no sistema metroferroviário, reforçando a dependência de recursos públicos para a operação e manutenção das linhas de Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

O reajuste ocorre no mesmo contexto em que o valor das passagens de ônibus municipais na capital também foi elevado, de R$ 5,00 para R$ 5,30, na mesma data de vigência da nova tarifa dos serviços sobre trilhos.

Usuários frequentes e especialistas em mobilidade urbana avaliam que, embora o aumento seja moderado, ele representa um acréscimo nos custos diários de deslocamento de quem depende integralmente do transporte público, com reflexos no orçamento familiar, sobretudo em um cenário de receitas estagnadas e crescimento de custos gerais de vida.

Além disso, passageiros foram orientados a antecipar recargas no Bilhete Único ou cartão de transporte, para aproveitar eventuais créditos com valores antigos enquanto perdurarem os saldos anteriores ao reajuste, prática que pode oferecer algum alívio financeiro temporário.

O reajuste tarifário coloca novamente em evidência o desafio de equilibrar a sustentabilidade financeira do sistema de transporte metropolitano com a necessidade de tarifas acessíveis para a população, num contexto de pressões inflacionárias e demandas crescentes por serviços públicos de qualidade.

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