Uma nova ferrovia de grande porte, com 575 quilômetros e orçamento estimado em R$ 4,5 bilhões, avançou em sua fase de viabilidade técnica e mira transformar a logística entre Espírito Santo e Rio de Janeiro, segundo o Diário da Região. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental foi aprovado por unanimidade pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), abrindo caminho para análise do Tribunal de Contas da União e publicação do edital de concessão prevista para março de 2026.
Batizado de Arco Ferroviário do Sudeste, o projeto pretende integrar portos estratégicos — com destaque para o Porto do Açu, um dos maiores terminais privados da América Latina — além de ligar áreas industriais e corredores já consolidados de escoamento. A primeira fase, considerada crítica para destravar o potencial da ferrovia, liga Santa Leopoldina (ES) a São João da Barra (RJ), com cerca de 250 km, culminando no acesso ao complexo portuário.
Modelo de concessão e financiamento
O edital de concessão estimado em R$ 4,5 bilhões será regido por um modelo inédito em que vencerá a empresa que solicitar menor apoio público, busca equilibrar interesse privado e redução de custo ao erário. Além disso, há investimentos já assegurados por meio de renovações contratuais de outras ferrovias, reforçando a viabilidade financeira da iniciativa.
A expectativa dos técnicos e analistas do setor é de que a nova linha reduza custos logísticos, melhore os tempos de entrega e eleve a competitividade das cadeias de cargas minerais e agrícolas que dependem do escoamento pelo Sudeste — um dos principais polos econômicos do país. Estudos estrangeiros semelhantes apontam que rotas ferroviárias longas com integração portuária tendem a reduzir custos e ampliar fluxos de exportação quando bem estruturadas.
Cronograma e próximos passos
Com a aprovação técnica consolidada, o projeto será submetido ao Tribunal de Contas da União antes da publicação do edital de concessão, aguardado para março de 2026. A expectativa é atrair investidores nacionais e estrangeiros, em linha com outros esforços do setor de transportes para ampliar a malha ferroviária — que inclui, por exemplo, planos federais de concessões de infraestrutura logística em 2026.
Nas redes, este avanço tem gerado debates entre especialistas em logística e economia sobre o impacto real de grandes projetos ferroviários no Brasil, especialmente com regras de concessão que buscam menos dependência do orçamento público.
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