Greve de ônibus paralisa no Rio de Janeiro por atraso no pagamento e deixa dezenas de linhas fora de operação
Motoristas, mecânicos e outros funcionários das viações Real e Vila Isabel, responsáveis por dezenas de linhas de ônibus na Zona Norte do Rio de Janeiro, deflagraram uma greve na manhã desta segunda-feira (22) em protesto contra o atraso no pagamento de salários, ticket alimentação, férias e depósitos do FGTS. A paralisação provocou impactos significativos na mobilidade da cidade, com dezenas de linhas deixadas de circular entre a Zona Norte, Zona Sul e Centro.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a Viação Vila Isabel conseguiu retomar parcialmente suas operações ao longo do dia, mas a Viação Real manteve suas atividades suspensas sem previsão de retorno até que as reivindicações sejam atendidas.
O vice-presidente do sindicato, José Carlos Sacramento, afirmou que a categoria permanece irredutível: “Só voltamos ao trabalho após todos, inclusive os administrativos, receberem salários, férias, FGTS e ticket alimentação. Vamos tentar um acordo para evitar prejuízos à população”, disse ele em declaração publicada por outro veículo.
A paralisação afetou pelo menos 24 linhas de ônibus, segundo apurado em relatos de autoridades locais, forçando milhares de passageiros a buscarem alternativas como o metrô, trens ou serviços por aplicativo para se deslocar na cidade.
Entre as linhas deixadas de operar estão rotas importantes como:
– A108 (Terminal Gentileza x Ipanema)
– 110 (Terminal Gentileza x Leblon)
– 112 (Terminal Gentileza x Gávea)
– 163 (Terminal Gentileza x Copacabana)
– 181 (Rodoviária x São Conrado)
– 309 (Central x Alvorada)
– 460 (São Cristóvão x Leblon)
– 472 (Triagem x Leme)
– 538 (Rocinha/São Conrado x Leme)
… entre outras rotas fundamentais ao deslocamento diário de cariocas.
A mobilização expõe uma crise continuada nos pagamentos aos trabalhadores do transporte público e reacende debates sobre as condições de operação do sistema de ônibus no Rio, que já vinha enfrentando paralisações anteriores ao longo de 2025.
A prefeitura e as empresas responsáveis ainda não se pronunciaram oficialmente sobre propostas de solução para o impasse.
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