Sindicatos que representam os servidores dos Correios em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraíba aprovaram, nesta terça-feira (16), uma greve geral por tempo indeterminado. A paralisação amplia a crise enfrentada pela estatal e expõe o impasse nas negociações trabalhistas entre a direção da empresa e os funcionários.
As entidades sindicais reivindicam a manutenção do adicional de férias de 70%, o pagamento em dobro pelos trabalhos realizados aos fins de semana e a criação de um vale-refeição ou alimentação no valor de R$ 2,5 mil, dividido em duas parcelas, benefício apelidado pelos trabalhadores de “vale-peru”. Diante da escalada do conflito, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) passou a atuar como mediador entre os líderes sindicais e a direção dos Correios.
Em nota mais dura, o sindicato da categoria em Minas Gerais acusa a gestão da estatal de adotar uma postura de “total desrespeito” com os servidores. Segundo a entidade, a direção não apresentou qualquer proposta econômica concreta e estaria promovendo ataques a direitos históricos da categoria, incluindo mudanças no plano de saúde, o fim do adicional de férias de 70% e a extinção da entrega matutina.
Os sindicalistas também denunciam o corte de benefícios extras, a imposição do Sistema de Distritamento (SD), classificado pela categoria como prejudicial à saúde dos trabalhadores, além da negativa na contratação de concursados e da suposta omissão diante das condições de trabalho enfrentadas diariamente nas unidades da empresa.
A greve ocorre em um momento sensível para os Correios, que já lidam com dificuldades financeiras, queda de competitividade e críticas recorrentes à condução administrativa da estatal. A paralisação, agora por tempo indeterminado, tende a impactar diretamente a prestação de serviços à população e pressiona o governo federal a se posicionar diante do impasse.
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