União Brasil e Progressistas protocolam federação no TSE e redesenham correlação de forças na política nacional

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A formalização da federação entre União Brasil e Progressistas — registrada nesta semana no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — inaugura um novo capítulo na reorganização partidária do país. O protocolo oficial consolida a criação da União Progressista, que passa a atuar como uma única agremiação pelos próximos quatro anos, com estatuto próprio, direção unificada e atuação conjunta em todas as eleições.

A medida, prevista na legislação eleitoral que instituiu as federações partidárias, traz efeitos imediatos. A nova estrutura nasce com uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados, além de forte presença no Senado e em governos estaduais. Na prática, concentra poder político, amplia o peso nas negociações legislativas e fortalece a capacidade de influenciar agendas nacionais — especialmente em votações de temas econômicos e institucionais.

O registro no TSE também assegura à federação acesso conjunto ao fundo partidário, ao fundo eleitoral e ao tempo de propaganda, criando uma vantagem competitiva expressiva para 2026. Esse acúmulo de recursos e estrutura tende a atrair candidatos competitivos, reorganizando disputas nos estados e pressionando partidos menores, sobretudo aqueles em risco de não atingir a cláusula de desempenho.

No tabuleiro político, a federação redesenha blocos ideológicos e consolida um polo robusto de centro-direita. Analistas apontam que, ao unir duas siglas de grande porte, a federação altera o espírito original da norma — criada para dar sobrevida a partidos pequenos — e inaugura um modelo de “superfederações”, com forte impacto na pluralidade e na competitividade partidária.

Com o protocolo no tribunal, a União Progressista se posiciona como um ator central nas eleições de 2026, influenciando articulações no Congresso, ampliando seu alcance territorial e elevando a pressão sobre legendas de médio e pequeno porte em busca de sobrevivência política.

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