O Espaço Mobilidade – Projeto PRESMOB foi inaugurado nesta segunda-feira (1º/12) na região do Gama, Distrito Federal, marcando a entrega da primeira unidade de um programa que promete apoio institucional — em forma de descanso, infraestrutura e capacitação — a motoboys, taxistas e motoristas de aplicativo da capital federal.
No coquetel de abertura, mais de 120 representantes da categoria compareceram e celebraram o que chamam de “avanço real” para quem, dia após dia, cruza o trânsito caótico do DF com moto ou aplicativo nas mãos. O investimento? R$ 2,25 milhões, fruto de uma emenda parlamentar assinada pelo atual secretário do GDF, Gilvan Máximo, quando ainda ocupava uma cadeira na Câmara dos Deputados.
O que muda na vida dos motoboys
No novo espaço, os trabalhadores vão encontrar micro-ondas para esquentar a refeição, água filtrada — gelada e natural —, mesas de alimentação, tomadas para carregar celular, Wi-Fi gratuito e um ponto fixo de apoio com a parceria de associações e sindicatos.
Segundo dirigentes da categoria, iniciativas como essa representam mais do que conforto: são um símbolo de reconhecimento profissional. “Antes a gente não tinha nenhum ponto de apoio. Hoje podemos parar, esquentar a comida, carregar o celular e até descansar um pouco. Isso faz toda a diferença para quem passa o dia inteiro na rua”, disse um motoboy entrevistado.
Expansão planejada e expectativas
O governo do Distrito Federal confirmou que a unidade do Gama será apenas a primeira de — ao menos — três previstas para outras regiões da capital. A meta declarada é ampliar o “cuidado” a toda a categoria da mobilidade urbana, que reúne motoboys, motoristas de app e taxistas.
Para um segmento historicamente precário — com jornadas longas, baixos investimentos em proteção social e altos custos de manutenção —, a iniciativa pode representar um passo concreto. Ainda assim, observadores e profissionais alertam que a estrutura física e o acolhimento, por si só, não resolvem problemas mais amplos: como a informalidade, a insegurança no trânsito, e a precarização das regras trabalhistas.
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