O Partido Liberal convocou uma reunião emergencial em Brasília para tentar apagar o incêndio político provocado pela fala de Michelle Bolsonaro, que criticou duramente a articulação da sigla no Ceará para uma possível aliança com Ciro Gomes. A declaração pública da ex-primeira-dama, classificando a aproximação como “precipitada” e incompatível com os princípios da direita, caiu como uma bomba no núcleo partidário.
A cúpula do PL — comandada por Valdemar Costa Neto e com participação de Flávio Bolsonaro e Rogério Marinho — agora tenta conter o desgaste e evitar que o caso evolua para um conflito aberto entre as alas do partido. Internamente, líderes admitem que a fala de Michelle desautorizou parlamentares estaduais envolvidos na negociação e expôs fragilidades na comunicação do partido.
Aliados de Jair Bolsonaro reagiram de maneira áspera. Para alguns, a intervenção de Michelle criou constrangimentos desnecessários e abriu espaço para ruídos sobre quem realmente conduz a estratégia nacional da legenda. No PL cearense, a situação é vista como humilhante e politicamente delicada, já que a articulação com Ciro vinha sendo tratada como possibilidade real de fortalecimento regional.
A reunião emergencial deve definir se o PL manterá a ponte com Ciro ou se recuará para atender ao setor mais ideológico ligado à família Bolsonaro. Também está na mesa a criação de novas diretrizes de comunicação interna para evitar que episódios desse tipo prejudiquem negociações políticas em outros estados.
Enquanto isso, lideranças nacionais acompanham com desconforto a repercussão: o partido que tenta se posicionar como a principal força da oposição ao governo Lula agora precisa resolver seu próprio tumulto doméstico.
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