Os últimos dados divulgados pela estatal revelam que os Correios registraram um prejuízo acumulado de aproximadamente R$ 6 bilhões até o encerramento do terceiro trimestre de 2025 — o equivalente a 13 trimestres consecutivos no vermelho, desde o 4º trimestre de 2022.
O aprofundamento do déficit decorre de uma combinação de fatores: queda de receitas (passando de R$ 14,1 bilhões no período equivalente de 2024 para R$ 12,35 bilhões neste ano) e alta de despesas gerais e administrativas, que saltaram de R$ 3,14 bilhões para R$ 4,82 bilhões.
Além disso, a estatal arcou com juros elevados equivalentes a R$ 157 milhões entre dezembro de 2024 e junho de 2025, pressionando ainda mais as finanças.
Para enfrentar a crise, os Correios propõem um plano de reestruturação que inclui um empréstimo de R$ 20 bilhões, novo programa de demissão voluntária, venda de imóveis ociosos, renegociação de contratos e busca por novas fontes de receita — estratégia considerada vital para evitar o colapso e, segundo a empresa, retomar lucro a partir de 2027.
Esse rombo bilionário recai diretamente sobre as contas públicas, e não surpreende que a gestão federal — sob Luiz Inácio Lula da Silva — evite discutir privatização dos Correios, afirmando que qualquer apoio financeiro dependerá da apresentação de um plano de reestruturação robusto.




