O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou nesta segunda-feira que rompeu relações com o líder da Partido dos Trabalhadores na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ), aprofundando um já latente atrito entre o Executivo federal e o Legislativo.
Fontes ouvidas pelo veículo reportam que Motta não pretende mais acolher propostas ou negociações advindas da liderança petista.
O estopim da crise foi a tramitação do projeto denominado “PL Antifacção” — de autoria do Executivo — para o qual Motta escolheu como relator o deputado Guilherme Derrite (PL-SP), provocando a ira de Lindbergh, que o acusou de priorizar “lambança” em tema crucial e de não assegurar diálogo com o PT.
A tensão é amplificada por declarações anteriores de Luiz Inácio Lula da Silva, que em evento público afirmou que o Congresso não passava por patamar tão “baixo nível” como o atual, o que teria irritado aliados do presidente da Câmara.
Analistas ouvidos afirmam que a ruptura expõe fragilidades na articulação do governo federal com o Parlamento — sobretudo num momento em que a governabilidade requer alianças estáveis para aprovação de pautas. A reação imediata do Legislativo, com obstrução ou atrasos em votações, não está descartada.
Com o cenário desenhado, cresce o risco de paralisações deliberadas e enfraquecimento de projetos-chave para o governo federal. O desgaste afeta diretamente a imagem do Executivo perante um Congresso que se mostra cada vez menos cooperativo.
Para o leitor: fique atento. Esta tensão institucional pode gerar reflexos em votações sobre reformas, orçamento, políticas públicas e na própria estabilidade da base governista.
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