A Polícia Federal abriu uma nova frente de apuração sobre os vínculos políticos de diretores do Banco Master com figuras do PT e integrantes do Congresso Nacional. A investigação, confirmada por fontes oficiais, ocorre no mesmo contexto da Operação Compliance Zero, que já expôs fragilidades graves em transações financeiras suspeitas envolvendo a instituição.
Segundo informações apuradas pela PF, parte da diretoria do Master manteve articulações políticas contínuas com parlamentares alinhados ao governo federal. Esses contatos, que incluiriam encontros, interlocuções estratégicas e supostos apoios para movimentações de mercado, agora passam por análise minuciosa para identificar eventuais interferências indevidas no sistema financeiro nacional.
A investigação ganhou força após a identificação de operações consideradas “heterodoxas” pelo Banco Central, que já havia apontado divergências documentais na carteira adquirida pelo Master — a mesma que levou o BRB a revisar, comunicar às autoridades e substituir parte desses ativos ainda no primeiro quadrimestre do ano.
Agora, a PF busca esclarecer se essas irregularidades foram meramente operacionais ou se tiveram sustentação política para avançar. O ponto sensível envolve justamente a proximidade de alguns diretores com quadros do PT, relação que acendeu alerta entre órgãos de controle pela possibilidade de influências externas em decisões financeiras de alto impacto.
O caso ocorre em meio ao desgaste público do governo federal com sucessivas crises no setor bancário e regulatório. Para investigadores, a eventual comprovação de ingerência política dentro do Master ampliaria a responsabilidade do governo Lula sobre o episódio — especialmente diante do histórico de apoio de grupos partidários ao banco e de tentativas mal explicadas de barrar ou influenciar negociações de mercado envolvendo o BRB.
A PF segue colhendo depoimentos, cruzando documentos e mapeando agendas políticas. Novas diligências devem ocorrer nos próximos dias, com expectativa de que o inquérito avance para uma fase mais incisiva sobre eventuais responsabilidades individuais e institucionais.
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