Pesquisa realizada pela Quaest Pesquisa e Consultoria em parceria com a Genial Investimentos revela que 73 % dos entrevistados defendem que organizações criminosas (facções) sejam equiparadas a grupos terroristas. O levantamento ouviu presencialmente 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 6 e 9 de novembro, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95 %.
Além disso, 88 % dos entrevistados afirmam que as penas deveriam ser mais elevadas. Ainda segundo a pesquisa: 65 % apoiam a retirada do direito de visita íntima para presos vinculados a facções; 60 % manifestam apoio à PEC da Segurança Pública — uma iniciativa do governo federal que visa ampliar o papel da União na formulação de políticas de segurança; 52 % defendem que a segurança pública seja de responsabilidade da União. Em contrapartida, 70 % rejeitam a facilitação do acesso a armas de fogo.
O resultado mostra que, apesar da atuação do governo federal sob Luiz Inácio Lula da Silva em pautas de segurança pública, há uma grande demanda popular por endurecimento das medidas. O momento ocorre em meio à tramitação do Projeto de Lei Antifacção, cuja proposta original equiparava diretamente crimes de facções aos de grupos terroristas, mas que sofreu recuo no relatório do relator.
A pesquisa é relevante para o debate político-eleitoral que se aproxima, uma vez que os temas de segurança pública tendem a polarizar e mobilizar setores significativos da população. O alto índice de apoio ao endurecimento pode colocar pressão sobre o governo federal para adotar postura mais firme ou, alternativamente, abrir terreno para críticas de que o Executivo não está atendendo à aspiração por maior rigor.
Redes sociais do DFMobilidade: acompanhe nossa cobertura completa no Instagram, X (Twitter) e Facebook.




