Rollemberg e Capelli só descobriram a Rodoviária depois que ela deixou de ser um pântano que eles mesmos abandonaram

Os dois politicos são do mesmo partido de  esquerda que ja governou Brasília, o Partido Socialista Brasileiro. Rollemberg e Capelli: nem guardiões tardios da Rodoviária são.
Os dois politicos são do mesmo partido de  esquerda que ja governou Brasília, o Partido Socialista Brasileiro. Rollemberg e Capelli: nem guardiões tardios da Rodoviária são.

De repente, reapareceram. Rodrigo Rollemberg, que deixou o governo marcado POR CAOS GENERALIZADO e por promessas que evaporaram mais rápido que a tinta usada nos seus slogans, e Ricardo Capelli, atual militante de rede social hospedado em Brasília, resolveram defender a Rodoviária do Plano Piloto. Sim, a mesma Rodoviária que ambos conheceram muito bem enquanto afundava em infiltrações, pontos de escuridão, violência, camelôs espremidos entre gente e ônibus, e banheiros que desafiavam qualquer estômago. Agora, nos vídeos que circulam por aí, surgem como porta-vozes da “indignação popular” contra a privatização. A ironia, claro, dispensa legenda.

Rollemberg, por exemplo, foi o governador que autorizou o edital da Zona Azul — modelo de estacionamento rotativo pago que até hoje carrega as marcas de um projeto mal explicado e pior executado. Seu governo prometeu modernização urbana, transparência e “cidade inteligente”, mas entregou um DF onde o transporte público estagnou, os terminais se deterioraram e iniciativas estruturantes morreram no powerpoint. Já Capelli, pupilo de gabinete, fala com uma convicção quase artística — como se tivesse comandado alguma obra ou construção concreta na capital. NUNCA MOROU AQUI e somente usa a rodoviária para induzir ao erro o usuário do sistema: Na prática, seu histórico de Brasília se resume a discursos inflamados, tweets engajados e zero entrega palpável, além claro, da perseguição às forças de segurança no 8 de janeiro. A dupla critica hoje o que nunca se dispôs a fazer ontem.

Enquanto eles gravam vídeos indignados, a Rodoviária — que por anos foi símbolo do abandono — começa a ganhar novos contornos. Hoje, com a concessão, o usuário encontra espaços mais iluminados, banheiros reformados, manutenção contínua e um plano estruturado de revitalização permanente, algo que governos sucessivos prometeram, tiraram fotos inaugurais… e desapareceram antes da tinta secar. A diferença está aí: onde havia improviso político, entra gestão e compromisso contratual.

É fácil ser contra quando nunca se fez. Difícil é administrar, entregar e sustentar. E isso, convenhamos, sempre foi o verdadeiro calcanhar de Aquiles dessa dupla de porta-vozes do nada.

Por: Hamilton Silva é jornalista e economista editor-chefe do portal DFMobilidade e diretor da Associação Brasileira dos Portais de Notícias (ABBP)

 

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